15 pontos separavam Boavista e Sp. Braga na tabela e objetivos diferentes movem os jogadores de ambas as equipas, mas no sintético do Bessa, este domingo, não se notou essa diferença entre quem luta pela Europa e quem procura a manutenção.
 
A primeira volta já lá vai e os 16 pontos que o Boavista acumulou na primeira metade são parcos para permitir a tranquilidade da formação axadrezada. Para a equipa de Petit, todos os jogos agora são importantíssimos, sobretudo em casa. Por isso, o Boavista entrou em campo sem medo do adversário e determinado a fazer a bola balançar as redes do guarda-redes Matheus.
 
Do outro lado, o Sp. Braga entrou bem, com uma grande oportunidade logo aos 5 minutos. Éder trabalhou na área, rodou entre os centrais, mas o remate a saiu junto ao poste da baliza de Mika. Depois acusou um pouco o jogo de emoções fortes, a meio da semana, e até o facto de o terreno ser sintético, ao invés do habitual relvado natural. A formação arsenalista tardou um pouco até se encontrar, permitindo ao adversário ganhar confiança e dominar, por alguns períodos o encontro.
 
Com um corredor esquerdo muito dinâmico, graças a uma exibição de encher o olho do lateral Afonso Figueiredo, que foi subindo no terreno sempre que a equipa teve a bola, de Zé Manuel, e do regressado Marek Cech, e com Uchebo a aparecer onde fosse preciso, o Boavista começou a pressionar e a criar perigo junto da baliza de Matheus. O guarda-redes do Sp. Braga foi mesmo obrigado a arriscar um carrinho na área aos 25 minutos, quando Zé Manuel lá chegou sozinho após uma grande arrancada.
 
No Sp. Braga, Rúben Mical era o homem mais esclarecido e aguerrido, mas foi castigadíssimo pelos defesas adversários.
 
O intervalo chegou com um 0-0 que não agradava a nenhuma das equipas, mas, à entrada da segunda parte, a formação da casa parecia mais determinada em fazer mexer o marcador. Aos 52 minutos, Marek Cech bateu de livre para a área, Matheus saltou e tirou para a frente, e Zé Manuel, na recarga, atirou por cima.
 
Como a bola não entrava, o Boavista continuava a tentar, mas começou a descurar um pouco a defesa e aí o Sp. Braga começou a criar mais perigo. Rúben Micael podia mesmo ter feito o 1-0 quando, aos 67 minutos apareceu desmarcado na área, mas o cabeceamento saiu de cima para baixo e a bola passou junto ao poste.
 
A seguir, após um canto cobrado por Pedro Santos ao primeiro poste, Mika foi obrigado a sacudir para afastar o perigo.
 
Quando os arsenalistas estavam a dominar, Uchebo, que já tanto tinha tentado, após um remate à entrada da área de Tengarrinha, que Mateus ainda defende, Uchebo à boca da baliza empurra a bola que ainda acaba por bater nos dois postes antes de entrar nas redes arsenalistas. Estava aberto o marcador com apenas 8 minutos para jogar.
 
Até ao final, ainda houve uma grande oportunidade para cada lado, mas nem Pedro Santos, nem Anderson Carvalho conseguiram chegar ao golo e o jogo terminou com a vitória do Boavista, que foi comemorada no Bessa como se de uma final se tratasse.