Empate na Amoreira entre Estoril e Marítimo entre duas equipas já sem grandes preocupações na classificação, mas que guardavam ainda ambições de subir alguns degraus. Um empate que certamente não agrada a nenhuma das partes, com os canarinhos a não conseguirem entrar na primeira metade da tabela e os madeirenses a ficarem mais longe da Europa. A equipa de Fabiano Soares ainda esteve perto de festejar o terceiro triunfo consecutivo, mas a equipa dos Barreiros acabou por empatar, com os golos a surgirem na última etapa do jogo.

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Entrada forte de um Estoril claramente balanceado para a frente, com Fabiano Soares a manter intacta a estrutura que somou duas vitórias nas últimas jornadas, fazendo apenas entrar Tijane para a frente de ataque para o lugar de Kléber que ainda recupera do traumatismo craniano que sofreu no Bonfim há uma semana. Manteve-se, assim, o carrocel amarelo com Bonatini, Tozé e Sebá, agora com o avançado guineense a completar o motor de ataque do Estoril que, ao primeiro apito de João Capela, procurou a todo o custo instalar-se na área de Salin.

O Marítimo sentiu dificuldades nos primeiros minutos para afastar a invasão canarinha que impunha forte velocidade num início de jogo frenético, com a chuva a tornar o piso rápido e o controlo da bola mais difícil. Com uma pressão alta, com Diogo Amado e Filipe Gonçalves também bem adiantados, o Marítimo não conseguia fazer melhor do que ir afastando a bola para longe, mas sem conseguir sair a jogar de forma organizada. Apesar de tudo, o Estoril também sentia dificuldades em encontrar uma abertura para visar a baliza de Salin e só aos 21 minutos conseguiu criar a primeira oportunidade clara, com Bonatini a combinar com Sebá e, com Salin no chão, o brasileiro acertou em cheio no guarda-redes francês.

O Estoril ameaçou o golo nos minutos seguintes, numa série de pontapés de canto, contando com uma bola no ferro, mas a verdade é que o Marítimo, apesar de retraído, manteve-se sempre muito consistente a defender e, nesta altura, já ia respondendo, com destaque para as iniciativas de António Xavier no flanco esquerdo. Antes do intervalo, Fabiano Soares teve de prescindir de Filipe Gonçalves [saiu de maca] e lançou Matheus, numa altura em que o Marítimo já tinha equilibrado a contenda e fechou mesmo a primeira parte a rematar à baliza de Kieszek, por Alex Soares.

Fernandinho entra e marca

O Marítimo entrou determinando no segundo tempo em levar o jogo para longe da área de Salin e o jogo tornou-se mais feio, com toda a gente concentrada numa curta faixa de trinta metros e uma sucessão infindável de faltas a interromper constantemente o jogo. Mas a verdade é que os madeirenses conseguiram afastar o sufoco e, ao mesmo tempo, precisavam agora de correr menos para chegar perto da baliza de Kieszek. Uma tendência que se acentuou com a entrada de Fransérgio para o lugar de Bruno Gallo.

Fabiano Soares procurou devolver a iniciativa à sua equipa trocando Tijane [muito apagado] por Fernandinho. Em cheio! Apenas cinco minutos depois, Bonatini pressiona Alex Soares que facilita e permite a Fernandinho invadir a área e encher o pé levando a bola para as redes de Salin. A festa estendeu-se às bancadas, mas ainda faltam quinze minutos para o final. Os treinadores procuraram adaptar as respetivas equipas ao resultado. Fabiano Soares prescindiu de Bonatini para lançar Cabrera, enquanto Ivo Vieira arriscava com a entrada de Cristian para o lugar de Alex Soares.

O jogo ficou ainda mais aberto, com parada e resposta e, dez minutos depois, o Marítimo chegou ao empate, num rápido contra-ataque iniciado num toque de calcanhar de Edgar Costa que deixou Marega destacado diante de Kieszeck.

Os últimos minutos foram frenéticos, mas o resultado não voltou a sofrer alterações. Um resultado que se ajusta à prestação das duas equipas em campo, com um Estoril mais forte na primeira parte, mas também um Marítimo que se manteve sempre organizado e consistente até final.