O Estoril voltou a perder em casa (0-1), depois de ter conseguido três vitórias consecutivas no seu reduto. Quatro das suas seis derrotas foram concedidas no seu estádio, o que parece contrariar a máxima de que o favoritismo joga a favor da casa.

O Rio Ave entrou mais pressionante, mas sem criar grande perigo. O Estoril, mais cauteloso, começou por estudar o adversário, mas depressa as contas se equilibraram.

A primeira parte jogou-se muito no meio-campo, com as duas equipas a mostrarem dificuldades para sair para o ataque de forma sustentada. Muitos passes falhados e bolas perdidas, com o jogo a «emperrar» ali no meio. Sempre que chegavam ao último terço do terreno, as duas formações mostravam-se incapazes de derrubar o «muro» e ir mais além, que é como quem diz até à baliza adversária.

As melhores oportunidades da primeira parte pertenceram a João Pedro Galvão, do Estoril, e a Ukra, do Rio Ave. O camisola 11 dos anfitriões cabeceou por cima, aos 25 minutos. Já o homem do conjunto vila-condense atirou ao poste em cima do intervalo.

A segunda parte «começou» com Tarantini a lançar Hassan, que rematou para a defesa de Vagner. O Rio Ave ameaçava tomar conta do jogo. Mas não passou disso mesmo. Depois de um período de luta pelo poder, o Estoril começou a pressionar mais e o Rio Ave tentou criar perigo através do contra-ataque.

A formação da casa tentou empurrar o adversário e obrigá-lo a abrir espaços, mas o Rio Ave fechou-se bem.

Aos 76 minutos, contra a corrente do jogo, o Rio Ave marcou, na sequência de um lance de bola parada. Canto para os vila-condenses e Hassan, ao segundo poste, cabeceou para o fundo das redes da baliza defendida por Vagner.

O Estoril podia ter empatado. Tentou, mas também desperdiçou. João Pedro Galvão foi chamado a converter um penálti pouco depois, mas permitiu a defesa de Ventura.