*Por Francisco Sousa


Académica e Rio Ave empataram a zero na tarde desta sexta-feira, no Estádio Cidade de Coimbra. Numa tarde primaveril muito convidativa, as duas equipas estiveram longe de proporcionar um espetáculo de futebol brilhante. Ficou a ideia até que, em alguns momentos, os vilacondenses estavam a pensar mais na primeira mão da meia-final da Taça (terça-feira, frente ao Sp. Braga) do que na partida de Coimbra…
 
O encontro começou de forma intensa, com o Rio Ave a assumir o controlo e a criar a primeira ocasião, na sequência de um livre do lado esquerdo, ao qual Tarantini correspondeu com um cabeceamento para defesa de Cristiano. Daí para a frente, a formação orientada por Pedro Martins foi perdendo intensidade ofensiva e deixou que a Académica tomasse as rédeas do jogo.
 
Com um meio-campo assente na visão de jogo e capacidade ao nível do passe longo da dupla Fernando Alexandre-Obiora, os estudantes foram crescendo. Na segunda linha do meio-campo, Rui Pedro e Hugo Sêco iam infernizando a vida aos homens do setor mais recuado dos rioavistas. Não fosse a falta de eficácia de Rafael Lopes e a Briosa poderia ter chegado ao golo em pelo menos duas ocasiões (muito claras, diga-se).
 
Não marcou a Briosa, ia marcando o Rio Ave, num lance isolado do que foi a grande parte do primeiro tempo em Coimbra: Del Valle descobriu um baldio para correr no meio-campo defensivo da Briosa e atirou de fora da área para uma grande defesa de Cristiano. Foi a última oportunidade de golo em 45 minutos que tiveram mais lances de perigo do que propriamente bom futebol, de parte a parte.
 
Para o segundo tempo, Pedro Martins decidiu lançar Boateng para o lugar do desinspirado Zeegelaar, de forma a ganhar mais velocidade na frente do ataque. Curiosamente, foram os vilacondenses a criar a primeira grande ocasião, embora os protagonistas já viessem da primeira parte: Diego Lopes isolou Del Valle e este atirou para uma «mancha» de Cristiano. Estavam lançados os dados para uma segunda parte mais espetacular? Nem por isso…
 
A partida entrou numa toada morna, com esporádicos momentos de agitação como o ressalto que quase dava golo de Rui Pedro (58m) ou os disparos de meia-distância de Oualembo e Fernando Alexandre, de um lado e de Diego Lopes e Tiago Pinto do outro.
 
Até ao final, assistimos a um jogo bastante discutido, mas sem grande agitação perto das áreas. O resultado aceita-se perfeitamente, após uma partida equilibrada e na qual o medo de perder um pontinho que fosse na fase final acabou por ser determinante.