Não houve troca de elevadores este sábado no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde. O Sp. Braga, em fase de ascenção, conseguiu a quinta vitória consecutiva e continua de olhos postos no terceiro lugar. Para o Rio Ave, o caminho continua a ser a descer. Já são quatro jornadas sem vencer e duas derrotas consecutivas.
 
Habituado a não ter facilidades em Vila do Conde, o Sp. Braga entrou algo cauteloso, a estudar o adversário, mas cedo percebeu que a defesa rioavista estava permeável, e que o meio campo também não constituía grande barreira aos ataques arsenalistas. Perdas de bola em zona proibida, além de verdadeiras assistência ao adversário, foram uma constante. A exceção foi mesmo a última linha da defesa: Ederson.
 
As faltas de jogadores como Pedro Moreira, Del Valle e Diego Lopes não podem explicar toda a desorganização rioavista em campo. Talvez tenha ajudado o facto de o plantel ter já muitos jogos em cima, graças à participação nas competições europeias. Certo é que a reação prometida para este jogo não só não apareceu, como a equipa corre o risco de ficar ainda mais desmoralizada graças a esta exibição.
 
Se até à meia hora de jogo, Ederson já tinha sido obrigado a defender remates de Zé Luís, e de Micael, além de ter visto Danilo e Rafa rematarem ao lado, Matheus passou todo esse tempo descansado.
 
Aos 30 minutos, o Rio Ave teve a melhor oportunidade da primeira parte. Ukra a colocar na área, a bola a chegar a Marvin junto à baliza, que rematou e a bola a bater em Baiano e a passar depois juntinho ao poste da baliza de Matheus. O guardião do Sp. Braga voltou ao descanso a seguir a isso e não teve que se preocupar mais quase até ao final do jogo.
 
O Sp. Braga ia entrando pelo meio campo adversário, mas é certo que havia depois também alguma falta de inspiração no momento do remate... tirando aqueles que Ederson travou. Aos 41 minutos, valeu a intervenção do guarda-redes do Rio Ave para travar um remate de Rúben Micael que levava selo de golo.
 
Ao intervalo Pedro Martins mexeu. Tirou Marvin e fez entrar Boateng, a ver se o ataque mexia. Sérgio Conceição estava satisfeito e não mexeu.
 
O que não tardou a mexer foi o marcador. Aos 49 minutos, Lionn fez um verdadeiro passe para Zé Luís na área. O jogador do Sp. Braga recebeu no peito, trabalhou com o pé esquerdo e rematou cruzado para a bola entrar junto ao cantinho do poste direito.
 
Logo a seguir, Rafa podia ter feito o segundo com um remate na área que Wakaso tirou quase em cima da linha de golo. E Danilo também podia ter aproveitado melhor uma saída extemporanêa de Ederson.
 
Tarantini e Hassan até conseguiram receber a bola na área do Sp. Braga, mas faltou calma e discernimento aos jogadores do Rio Ave, que acabaram por fazer remates muito por cima, e sem perigo para a baliza arsenalista.
 
Com o passar do tempo, Sérgio Conceição foi aproveitando para fazer descansar alguns jogadores para o jogo com o FC Porto. Já Pedro Martins ainda queria lutar pelo jogo. Fez sair Habib, mais uma vez com uma exibição (no mínimo) apagada, para entrar Luís Gustavo e depois tirou Lionn para fazer entrar Jebor para o ataque.
 
E foi assim que, a 10 minutos do fim, o Rio Ave começou finalmente a pressionar o Sp. Braga e a criar perigo junto à baliza de Matheus.

Primeiro foi Jebor que arrancou, deixando Aderlan Santos para trás, valendo depois Pedro Tiba em enorme correria a fechar a porta ao avançado. Logo a seguir, Tarantini ganhou de cabeça na área do Sp. Braga, mas o remate sai novamente muito alto.
 
O Sp. Braga ia tentando segurar o resultado, mas acabou depois por ampliar mesmo a vantagem. Já nos descontos, Salvador Agra aproveitou o lançamento de Sasso para cavalgar em direção à baliza de Ederson e fazer o segundo para os arsenalistas.
 
Um jogo que terminou com cenas lamentáveis entre os jogadores de ambos os clubes por causa dos festejos de Salvador Agra.