(artigo corrigido às 22h58)

A FIGURA: Bruno César, a chave que desbloqueou o jogo

Deve-se em grande parte a ele o crescimento do Sporting após o golo madrugador do FC Porto. O brasileiro recebeu ordem para começar a aparecer mais na zona central e os leões estabilizaram a partir daí. Irrequieto, vestiu a pele de playmaker da equipa de Jorge Jesus e esteve nos dois golos que permitiram ao Sporting dar a volta ao marcador: no primeiro rematou ao poste na cobrança de um livre; depois cruzou para corte de Felipe contra o corpo de Bryan Ruiz, que tocou para o remate forte de Gelson.

Crónica do jogo: leão crava as garras na liderança

O MOMENTO: golo de Gelson, 26 minutos

Depois de uma primeira fase difícil, os leões equilibraram-se com a troca de Bruno César com Bryan Ruiz. Chegaram ao empate e, depois, à vantagem num remate forte do jovem extremo em zona frontal. A partir daí, o Sporting passou a ter o controlo do jogo e a circular a bola com mais inteligência.

Destaques dos dragões

OUTROS DESTAQUES

Rúben Semedo: poderosíssimo no jogo aéreo e muito atento às movimentações de André Silva entre ele e Coates. Foram várias as vezes em que dobrou com eficácia o uruguaio, a começar pelo primeiro lance de perigo do jogo, quando cortou para canto um remate perigoso do avançado portista. Já se assumiu como um dos pilares da equipa de Jorge Jesus. Exibição monumental!

Gelson: foi a escolha óbvia para ocupar o lugar de João Mário no corredor direito. Não dá o apoio do antigo companheiro nas batalhas a meio-campo, mas também não se limita às incursões à linha. Rápido e imprevisível, tem faro para aparecer em zonas de desequilíbrio. Marcou o 2-1, através de um remate forte sem hipóteses para Casillas e fez mais de metade do trabalho do golo de Slimani, deixando a bola a pingar em cima da linha de baliza para a confirmação do argelino. Apagou-se aos poucos na segunda parte até sair aos 68 minutos para dar lugar a Joel Campbell.

William: secou tudo no seu raio de ação. Recuperações de bola, e bom envolvimento nas ações ofensivas. Não raras vezes, apareceu em zonas adiantadas do terreno à procura de criar superioridade, um atrevimento que se explica por se entender às mil-maravilhas com Adrien pulmão enorme. Esteve perto do golo no início da segunda parte, com um cabeceamento forte para enorme defesa de Casillas para canto.

Slimani: fez, muito provavelmente, o último jogo de leão ao peito. A entrega do costume em cada lance e apareceu para confirmar o primeiro golo, que contribuiu para mais uma vitória sobre o FC Porto. São cinco golos nos últimos três jogos com os dragões. Notável! Saiu do relvado em lágrimas.