Moreirense e Penafiel, as duas equipas que asseguraram o regresso ao escalão do futebol português, empataram sem golos na tarde deste domingo. Um empate tímido, sem cor e ao qual faltou a arte para fazer golos. E até nem foi por falta de oportunidades que as redes não abanaram. Os dois conjuntos repartiram a supremacia no encontro.

O Moreirense continua sem vencer em casa depois de um arranque de campeonato prometedor, o Penafiel continua sem marcar golos fora de portas, mas somou o primeiro ponto nessa mesma condição. A equipa duriense registou o segundo jogo consecutivo a somar pontos para a Liga, os mesmos em que tem Rui Quinta no comando técnico.

Miguel Leal voltou a apostar no seu onze base, o mesmo que jogou no Estádio da Luz, mesmo depois do avançado Cardozo ter demonstrado pontaria afinada a meio da semana a contar para a Taça da Liga.

Do lado do Penafiel, a principal novidade de Rui Quinta foi a inclusão de Bura na equipa. O defesa central esteve lesionado e a sua utilização adivinhava-se como pouco provável, mas o que é certo é que fez dupla de centrais com Pedro Ribeiro.

Atrevimento penafidelense a abrir

No plano teórico o Moreirense até chegava a este encontro em melhor posição, mas a equipa que surpreendeu no Dragão e na Luz provou do seu próprio veneno. Quando se lhe pedia que assumisse as despesas do jogo e jogasse mais com bola, levou pela frente com um Penafiel organizado e com blocos compactos.

Facto que levou a que o conjunto de Miguel Leal não entrasse bem no encontro, vendo o Penafiel jogar em Moreira de Cónegos de forma atrevida e com mais perigo junta à baliza de Marafona. Com Guedes em plano de destaque, a mobilidade do avançado foi uma das mais-valias no jogo duriense.

Rui Quinta aproveitou o sabor do jogo para dar a iniciativa ao adversário, jogando assim no erro dos Cónegos. Em virtude disso pertenceram ao Penafiel os lances de maior perigo no primeiro tempo. O domínio da equipa duriense foi evidente, faltou apenas o golo para traduzir essa supremacia.

Moreirense melhor no segundo tempo

Para a segunda parte, Miguel Leal corrigiu a sua equipa e notou-se um Moreirense mais disponível para o jogo e com maior predisposição atacante. Ascendente, portanto, para o Moreirense, que começou a aparecer com mais regularidade junto da baliza de Haghighi.

Apostado em tirar maior partido do adiantamento da sua equipa no terreno, Miguel Leal trocou o móvel Alex pela maior presença do paraguaio Cardozo entre os centrais penafidelenses.

O avançado ainda introduziu a bola na baliza, mas já estava assinalado o posicionamento irregular de Cardozo. Se havia sido o Penafiel a estar melhor no primeiro tempo, foi o Moreirense a equilibrar os dados da balança ao passar a estar por cima dos acontecimentos do jogo.

Tal como ao Penafiel no primeiro tempo, faltou o golo ao Moreirense para assinar o seu domínio. Empate que se justifica entre duas equipas que subiram esta época ao principal escalão do futebol português. Só faltou mesmo a arte para desfeitear os guarda-redes.