Por: Raul Caires

FIGURA: Rui Silva

O guardião do Nacional, um dos mais batidos na I Liga, não foi chamado a realizar um grande trabalho durante a partida, pois o Sporting, com excepção do que fez até meio da primeira parte, não lhe deu muito que fazer durante a partida. Defendeu o penálti que, logo no início do jogo, teria dado aos “leões” a tão ansiada vantagem que queriam conquistar desde muito cedo. De resto, esteve irrepreensível entre os postes, especialmente nas saídas.

MOMENTO: William fraco e denunciado

O Sporting entrou decidido a resolver cedo e a oportunidade para que tal acontecesse surgiu logo aos sete minutos, através da marcação de uma grande penalidade. Mas William Carvalho atirou fraco e denunciado. A equipa não acusou o lance. Mas terá dado uma motivação extra ao Nacional, que com o passar do tempo foi acreditando que podia pontuar frente ao terceiro classificado. E foi o que aconteceu.

Outros destaques:

Aly Ghazal:

A defesa do Nacional esteve sempre muito atenta e bem colocada na hora de travar o ataque do Sporting, mas grande parte desse trabalho começou com a acção do egípcio à frente dos seus colegas do centro defesa. E também ajudou

Markovic:

O sérvio emprestado pelo Liverpool esteve quase sempre distante do que Jorge Jesus lhe pediu quando decidiu que jogasse a titular. O entendimento com Gelson Martins raramente funcionou e as perdas de bola que protagonizou, sobretudo no primeiro tempo, determinaram que fosse substituído pouco minutos do início da segunda parte.

Victor Garcia:

O lateral venezuelano, que não actuou contra o FC Porto por ser emprestado pelos azuis e brancos ao Nacional, voltou a justificar o porquê de ser um dos titulares indiscutíveis para Manuel Machado. Sentiu algumas dificuldades no período de maior fulgor do Sporting, mas depois mostrou toda a sua qualidade, especialmente nas disputas que exigem “raça”, e também a apoiar o ataque.

Rui Patrício:

O guardião do Sporting teve tanto trabalho como o seu homologo do Nacional. Talvez mais algum, sobretudo no segundo tempo. Na retina fica a defesa apertada que realizou a um remate apertado de Ricardo Gomes, aos 63’, desviando a bola para o ferro baliza. Nos minutos finais, a sua leitura atenta do jogo foi ainda decisiva para evitar que vários contra-ataques do Nacional tivessem acabado em golos.

Gelson:

O jovem avançado do Sporting foi dos que mais lutou na frente de um ataque sem grande inspiração, tendo também sido dos seus pés que nasceram alguns dos lances de maior perigo da sua equipa. Mas sem apoio dos colegas, não se pode fazer muito mais.

Bruno César:

O Chuta-Chuta desempenhou um papel muito activo na estratégia montada por Jorge Jesus para bater o Nacional. Mas não conseguiu fazer aquilo que o técnico pretendia dele, que era criar desequilíbrios e fazer chegar a bola rapidamente e em condições para o ataque poder surpreender a defesa nacionalista.