Depois de sete derrotas consecutivas para o campeonato, o Portimonense voltou às vitórias e com uma exibição de luxo, dizimando o Rio Ave na primeira-parte com um futebol eletrizante e veloz, que rendeu três golos. E outros tantos ficaram por marcar, tão clarividentes foram as oportunidades criadas e desperdiçadas. O Rio Ave reagiu depois mas nunca colocou em causa o resultado e a supremacia algarvia.

Fabrício e Nakajima aproveitaram bem o espaço concedido pelos vilacondenses a defender - a equipa de Miguel Cardoso sentiu muito a ausência de Marcelo - e fizeram o que quiseram, estando nos três golos dos algarvios. Diga-se também que o Portimonense teve uma eficácia terrível, aproveitando (quase) a cem por cento as primeiras três oportunidades que dispôs. A exceção foi protagonizada por Tabata e Dener, que um minuto antes do 3-0, falharam no seguimento de mais uma transição rápida dos algarvios.

FICHA DE JOGO DO PORTIMONENSE-RIO AVE: 4-1

Fabrício marcou no primeiro remate efetuado à baliza, estavam decorridos poucos segundos do segundo minuto, numa jogada iniciada pelo brasileiro que foi recargar, à segunda tentativa, um remate de Nakajima.
 

O japonês voltou a ser amigo do brasileiro, servindo-o para uma bomba que entrou junto ao ângulo superior esquerdo da baliza defendida por Rui Vieira. E um minuto antes da meia-hora de jogo, o Portimonense voltou a marcar, por Nakajima, num movimento característico em que flete da esquerda para o meio, com o remate a entrar rasteiro perto da base do poste direito. Um golo de papéis invertidos, com Fabrício a retribuir a assistência em mais uma transição rápida que voltou a deixar o Rio Ave sem reação.

Com dificuldades em conter a velocidade algarvia, os nortenhos praticamente não existiram ofensivamente na primeira metade, e apenas por uma vez incomodaram Ricardo Ferreira: a dois minutos do intervalo, Geraldes isolou João Novais, que ladeou o guarda-redes do Portimonense mas perdeu ângulo de remate. No minuto seguinte, Rui Vieira, com os pés, negou o terceiro a Fabrício, que apareceu bem posicionado para finalizar e na recarga, Nakajima, de cabeça e com a baliza deserta, fez a bola passar rente ao poste direito.

Após o descanso o Rio Ave reapareceu com uma atitude mais ofensiva e uma decisão controversa do árbitro Hugo Miguel deu-lhes algum gás aos intentos: num livre frontal de João Novais, a bola bateu na cara de Ruben Fernandes, ressaltando depois para a mão. Hugo Miguel esperou pela indicação do VAR e depois foi consultar as imagens televisivas e decidiu-se pela grande penalidade. Pelé, muito vaiado depois de uma entrada violenta sobre Ewerton em que os algarvios pediram expulsão ficando Hugo Miguel pela cartolina amarela, não vacilou e reduziu.

Até final o Rio Ave jogou no meio-campo do Portimonense, mas não conseguiu muitas situações para inverter os números finais do jogo. Apenas de bola parada João Novais visou a baliza de Ricardo Ferreira, mas a pontaria não foi a melhor.

No último minuto Fabrício fez o hat-trick e matou definitivamente (se é que existiam dúvidas quanto a isso...) o jogo, aproveitando uma grande penalidade que castigou um derrube de Nélson Monte sobre Galeno, reforço de inverno emprestado pelo FC Porto.

O resultado final foi expressivo, mas os números espelham o que se passou em campo. Principalmente pela fantástica primeira-parte do Portimonense.

Confira o resumo do jogo: