No xadrez do Bessa, o Paços ficou em xeque no tabuleiro da manutenção, ao ser derrotado pelo Boavista.

Um golo de Renato Santos, a cinco minutos do final, fez a diferença no marcador e afundou um pouco mais os «castores», que estão apenas um ponto acima da linha de água, em vésperas de duelo entre os dois últimos (o Aves recebe amanhã o Estoril).

Aflito na tabela, o Paços devia de ter feito bem mais esta tarde para dar um passo rumo à manutenção. Não o fez, e no reencontro com a sua antiga equipa Jorge Simão passou a fatura.

Privado da criatividade de Rúben Micael, castigado, João Henriques optou por um meio-campo de combate, com Vasco Rocha a juntar-se a Gian e Assis e apostou na velocidade de Mabil e Xavier, que, sem grande sucesso, foram trocando de flanco para tentarem criar desequilíbrios.

Lá na frente, Luiz Phellype só não morria de solidão porque tinha sempre por perto os centrais axadrezados.

Boavista-Paços, 1-0: ficha e jogo ao minuto

O Boavista, já tranquilo na tabela, precisava menos dos pontos, mas atacou mais. David Simão voltou a estar disponível, regressou à equipa e com ele voltaram também o critério de passe na primeira fase de construção.

Ao Boavista, bem mais presente no último terço do terreno, faltava só eficiência na definição. Yusupha aparecia bem em velocidade, mas definia mal. Mateus, por sua vez, em cima do intervalo havia de criar a melhor oportunidade de golo da primeira parte ao atirar colocado, numa recarga ao seu próprio remate, para uma grande defesa de Defendi.

Demasiado curto na primeira parte, o Paços continuou encolhido no segundo tempo e o tabuleiro pendeu de vez para os axadrezados quando Jorge Simão à hora de jogo retirou Yusupha do eixo do ataque para a ala esquerda – aquando da troca de Mateus por Leonardo Ruiz. O técnico do Boavista arriscou ainda mais na velocidade e imprevisibilidade no último terço quando trocou Fábio Espinho por Kuca.

Boavista-Paços, 1-0: destaques do jogo

O Boavista carrilava o jogo com perigo, sobretudo pelo lado esquerdo e foi num lance desses que haveria de surgir o castigo para os pacenses. Yusupha lançou Kuca, que ganhou a linha de fundo e serviu Renato Santos, para encostar na pequena área para o fundo da baliza.

A perder, a cinco minutos do final, João Henriques finalmente arriscou: tirou Gian e lançou Bruno Moreira. Tarde demais.

O Boavista fez mais pelos três pontos e conquistou-os. Soma agora 41 e está bem perto dos 43 que Jorge Simão apontou como objetivo a superar em relação à época passada.

Em Paços, vivem-se momentos de aflição. Faltam duas jornadas e a manutenção está longe de estar garantida. Tudo depende agora da receção ao Rio Ave e da visita ao Portimonense na derradeira jornada.