A FIGURA: Renato Santos

Pelo flanco direito é uma preocupação constante para o seu marcador direto. Renato Santos fez diagonais, cruzou com perigo, tentou bisar a baliza adversária sempre que possível e acabou por ter o merecido prémio já bem perto do final: percebeu a movimentação de Kuca e surgiu solto na pequena área, em zona de finalização. Golo e três pontos. Um momento merecido para um dos jogadores mais influentes do Boavista, que recuperou de uma lesão grave nesta temporada e voltou bem a tempo de ajudar a equipa nesta fase final do campeonato.

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O MOMENTO: minuto 84’. Com a bênção de Santos

Um grande e redondo zero parecia desenhar-se no placard quando surgiu o lance do jogo. Mérito, antes de mais, de Jorge Simão, que mudou Yusupha de posição e lançou Kuca no jogo. Este duo fabricou o lance sobre a esquerda e Renato Santos apareceu solto na pequena área a tocar para o fundo da baliza. Um golo. Três pontos. Uma boa jogada de Yusupha e Kuca, que teve a devida bênção de Santos.

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OUTROS DESTAQUES:

Yusupha

Não é particularmente eficaz quando tem de definir na área, mas a sua velocidade torna-se uma dor de cabeça para qualquer defesa. Jorge Simão percebeu isso no decorrer da segunda parte e puxou-o para a esquerda, com a troca de Mateus por Leonardo Ruiz (que passou para o eixo do ataque). Haveria de começar nele o lance do golo do Boavista.

Kuca

Outra aposta ganha do técnico do Boavista. Kuca entrou para o lugar de Fábio Espinho aos 71’ e apareceu bem a tempo de agitar o jogo. Foi decisivo para imprimir velocidade no último terço do terreno. Como se viu aos 84’, no lance em que ganhou a linha de fundo e assistiu Renato Santos para o golo. Decisivo.

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Assis

Sem a criatividade de Rúben Micael (castigado), o meio-campo do Paços dependeu em boa parte do dinamismo do brasileiro emprestado pelo Sp. Braga. Assis joga e faz jogar. Recupera bolas, é importante nas transições rápidas. Faz a diferença nesta equipa, tal como fazia no Chaves – antes de rumar à capital do Minho em janeiro do ano passado.

Rafael Defendi

Defendi defendeu que se fartou. O guarda-redes brasileiro recuperou a titularidade com a lesão de Mário Felgueiras em Alvalade e tem mostrado as suas credenciais. Hoje, no Bessa, voltou a estar em bom plano. Aos 45’, o melhor exemplo da boa exibição que fez: um remate forte de Mateus na área encontrou-o pela frente: uma palmada, com a bola a bater ainda na barra, evitou o golo que já se gritava no Bessa. Isento de culpas no golo, onde fica desamparado a ver Renato Santos tocar para o fundo da baliza.