A FIGURA: Pelé

Numa semana em que foi ligado ao Wolverhampton e com «olheiros» da Premier League nas bancadas, foi o Pelé habitual. Futebol simples, calculado e de risco mínimo. Até no passe, pese algumas tentativas mais longas para a corrida de Guedes na frente. E a tudo isto, claro, somou os dois golos, ambos de penálti, que decidiram o jogo. Convertidos no seu estilo habitual com a tranquilidade e a segurança que o caracterizam.

O MOMENTO: Maras e o empurrão que embalou o Rio Ave

Minuto 64. O Rio Ave já estava por cima do jogo, até pelo lance de Guedes que terminou no poste um minuto antes, mas não encontrava o caminho do golo. Precisou de um empurrão e só não se contava era que fosse o Chaves a dá-lo. Maras, mais propriamente, nas costas de Guedes, num penálti escusado mas bem assinalado. Pelé começou a resolver o jogo ali.

OUTROS DESTAQUES

Guedes

Esta tarde não marcou mas voltou a mostrar a entrega que lhe é característica e que tanto agrada às bancadas, a ponto de fazerem vénias quando foi substituído. Atirou ao poste ainda com o jogo a zeros e sofreu os dois penáltis que Pelé converteu. Foi, por isso, decisivo também.

João Novais

Não tem velocidade de extremo puro, mas tem pés de artista e decide quase sempre bem. Voltou a ser assim esta tarde. Na primeira parte brilhou numa arrancada pela esquerda trocando as voltas a Paulinho e, sobretudo, num livre superiormente marcado, com Ricardo a evitar o golo.

Davidson

O poderio físico é apenas uma das boas características do brasileiro a que alia a qualidade técnica e a forte presença na área. Mesmo jogando sobre a esquerda, apareceu várias vezes no centro e numa delas até meteu a bola na baliza do Rio Ave, com Hugo Miguel, depois de alertado pelo vídeo-árbitro, a anular, numa decisão que deixa dúvidas. Apagou-se no segundo tempo, afastado do jogo da equipa que também nunca esteve perto daquilo que mostrara nos primeiros 45 minutos.

Matheus Pereira

Se Davidson foi o motor na primeira parte, na segunda foi o extremo do flanco oposto a chamar a si o protagonismo. Tentou de bola parada e bola corrida, carrilou muito jogo para a frente e ainda foi ele a reduzir nos descontos, embora com a ajuda involuntária de Lionn.

Stephen Eustáquio

Pendular no miolo, assumiu bem a posição à frente da defesa. Um lugar que agarrou bem à medida que a oportunidade foi chegando. Foi o primeiro a sair, quando Luís Castro quis puxar a equipa para a frente, mas só por isso se entende a substituição. É mais um valor português para ir seguindo. Se este ano foi o da revelação, na próxima época todos vão esperar a confirmação.