A FIGURA: Carlos Vinícius

Letal e eficaz em frente à baliza, decisivo para dar a vitória ao Rio Ave. Três jogos consecutivos a marcar, desta feita em dose dupla. O avançado que brilhou no Real SC na época passada nunca deu descanso aos centrais do Boavista, pressionou sempre que pôde e deu ao jogo uma das grandes características que evidencia: velocidade. A par dela, uma atenção capaz para aproveitar o erro de Sparagna no 1-0 e para ganhar metros a Raphael Silva antes de bisar perante Helton Leite. Quatro jogos, quatro golos pelo Rio Ave. E um nome a reter nesta fase inicial da Liga.

O MOMENTO: erro de Sparagna lança Rio Ave (14m)

Crucial o minuto 14 pela forma como desbloqueia o jogo e permite ao Rio Ave criar uma vantagem que lhe deu alguma margem de manobra para o estratagema em campo. Sparagna, sozinho para sair em construção, atrapalhou-se com a bola e Vínicius, astuto, ganhou a bola e fez o que lhe competia. Isolado, ultrapassou Helton e iniciou o caminho da vitória dos da casa.

Rio Ave-Boavista, 2-1: o filme do jogo

OUTROS DESTAQUES:

Fábio Coentrão: 11 anos e quatro meses depois, o bom filho à casa tornou e voltou a jogar. Foi titular e cumpriu, esta noite, os primeiros minutos da época no Rio Ave. Da notório acréscimo de experiência e mostrou-se firme e seguro na ligação entre setores da equipa, numa posição raramente vista. Extremo até nem é de estranhar, mas o facto de ter jogado pela direita. Ainda assim, cumpriu e bem, sobretudo na ligação entre o meio campo e o ataque.

Galeno: após uma entrada decisiva enquanto suplente nos Açores, mereceu a titularidade e imprimiu velocidade à equipa do Rio Ave, sempre mais pragmática e eficaz nas ações ofensivas. Esteve perto do golo com várias tentativas.

Rochinha: tem sido habitual ver a garra, velocidade e vontade que o jogador do Boavista impõe em jogo. Apontar-lhe o dedo por falta de tentativa seria errado. Procurou galgar metros e levar a equipa para a frente, travando duelos interessantes com Matheus Reis.

Rio Ave-Boavista, 2-1: a crónica do jogo

Jambor: contenção, calma, sobriedade e tempo certo na decisão. O médio croata, ao lado de Schmidt, tem formado uma interessante dupla na parte mais recuada do meio campo do Rio Ave. Sem temor em encarar o adversário no um para um e com qualidade de passe assinalável a maturar o jogo ofensivo do Rio Ave e a ajuda ao setor mais recuado.

Rafael Lopes: também incansável a tentar dar respostas no ataque do Boavista, trabalhou como pôde entre os centrais e relançou a luta pelo resultado já dentro do último quarto de hora, com um bom cabeceamento após canto para o 2-1.

Sparagna: o destino do Boavista neste jogo pecou muito pelo erro do central francês no 1-0 e pela sua expulsão com vermelho direto. Erro tremendo no golo inaugural do Rio Ave a isolar Vinícius e, depois, expulsão num lance de apatia defensiva a par de Neris, que obrigou Sparagna a fazer falta sobre o mesmo Vinícius, que seguia isolado para a baliza.