A FIGURA: Francisco Geraldes

Com pezinhos de veludo, iniciou a jogada do golo dos cónegos. Talentoso, móvel e com boa leitura de jogo, procurou transportar a equipa para a frente e promover jogadas de entendimento com os companheiros ou lances de um-para-um perante os adversários. Importante apesar de não ter sido tão resolutivo a tempo inteiro quanto noutras ocasiões…

O MOMENTO: um livre (in)direto aos três pontos

A terminar o encontro, chegou o ponto de êxtase maior da partida: livre cobrado por Nildo Petrolina no lado direito e Boateng a corresponder ao primeiro poste, com um cabeceamento imparável. Estava colocado o ponto final da má onda de resultados do Moreirense. Pepa e seus pupilos podem respirar melhor…

OUTROS DESTAQUES

Podence: autor do golo do Moreirense, foi sempre um dos jogadores mais dinâmicos da equipa forasteira e pareceu apenas ter sido substituído por apresentar algumas queixas físicas. Baixinho mas rápido e repentista, soube espevitar o ataque nalgumas jogadas, embora nem sempre com o melhor discernimento.

Cláudio Ramos: nada podia fazer no golo sofrido e de resto mostrou-se em bom plano, seguro como é habitual. As defesas a um cabeceamento de Cauê na sequência de um livre e ao lance do costa-riquenho Ramírez isolado foram os pontos altos da exibição do guarda-redes tondelense.

Cauê: um «monstro» no bom sentido da palavra. Limpou quase tudo na zona do meio-campo defensivo, embora tenha sido perto do seu raio de ação que Wagner apareceu a atirar para a igualdade tondelense (apesar das responsabilidades dos colegas do setor mais recuado ao falharem na cobertura). Além de ter sido importante no desarme, soube iniciar jogadas de ataque, tanto com passes mais curtos como com aberturas mais longas.

Wagner: autor de um excelente golo no decorrer da primeira parte, foi um dos jogadores mais mexidos da equipa da casa, em particular nos 45 minutos iniciais. Já após o intervalo, quase chegou de cabeça a um cruzamento do lado direito, mas Sagna antecipou-se na Hora H e impediu a segunda finalização.

Nildo-Boateng: a dupla que valeu o golo decisivo desta partida. Além de terem conseguido mexer com o jogo, foram os responsáveis pela construção do lance do segundo golo, com o brasileiro a cruzar certeiro para a cabeça do ganês. Um daqueles lances que pode valer uma época (ou quase…).