O Sp. Braga meteu a quinta e reocupou o quarto lugar da Liga ao vencer em casa o Desp. Chaves (1-0) pela margem mínima com um golo do defesa central Bruno Viana, que se estreou a marcar no Minho com um golpe de cabeça-

Os Guerreiros não precisaram de acelerar muito para conseguir o quinto triunfo consecutivo no campeonato, rubricaram uma exibição competente quanto baste e resolveram a questão num pontapé de canto, um lance recorrente no encontro. A falta de confiança continua a ser uma espécie de autoinibidor para o conjunto de Luís Castro.

Segue a marcha triunfal do Sp. Braga, que com maior ou menor dose de virtuosismo, vai tendo sempre pragmatismo e equilíbrio para se impor perante os adversários de forma confortável, tal como aconteceu esta tarde na receção aos flavienses.

Na sequência do triunfo em Moreira de Cónegos, jogo em que pela primeira vez Abel Ferreira repetiu o onze em dois jogos consecutivos, o técnico voltou à rotação habitual e apresentou quatro caras novas no onze. Bruno Viana, Danilo, Fábio Martins e Ricardo Horta foram as novidades. Depois de perder em Alvalade Luís Castro teve de mudar meia equipa. Ricardo está lesionado, Tiba é emprestado pelo Braga, Domingos Duarte e Matheus Pereira regressaram após falharem o jogo com o Sporting.

Raúl Silva desperdiça vantagem parcial

Perseguindo o quinto triunfo consecutivo na Liga, o Sp. Braga entrou forte na partida, transportando para o terreno de jogo os diferentes estados anímicos de ambas as equipas à partida para o embate da décima jornada. Foi notória, em alguns lances, a falta de confiança dos flavienses, em contraponto com um Sp. Braga que num ritmo baixo consegue impor o seu jogo.

Foi, por isso, sem surpresas que o conjunto de Abel Ferreira entrou dominador, encostando às cordas um Desp. Chaves vindo e uma goleada sofrida em Alvalade. Os bracarenses tiraram vários cruzamentos perigosos, colecionaram cantos na primeira metade e em virtude disso mesmo acabaram por estar naturalmente por cima mesmo não estando a rubricar uma exibição deslumbrante.

Faltava o golo. Até se chegou a gritar, Hassan cabeceou certeiro para o fundo das redes na sequência de um canto de Fábio Martins, mas Raúl Silva foi à linha de baliza confirmar o golo e acabou por tornar o lance irregular.

Antes disso já Davidson tinha obrigado Matheus a uma defesa apertadíssima quando apareceu sozinho no lado esquerdo, dando mostras do que seria a estratégia transmontana no Minho. O conjunto de Luís Castro fazia por aproveitar com contragolpes rápidos quando tinha a bola, uma estratégia que muitas vezes teve momentos para funcionar, mas a falta de confiança já referida ia limitando a prestação flaviense

Golo depois dos ensaios

Os vários pontapés de canto conquistados foram um dos indicadores do domínio do Sp. Braga. A equipa da casa dispôs de vários lances de bola parada desse género cedidos pelos flavienses, sendo que os ia executando com relativo perigo, mas sempre com solução para a equipa de Luís Castro.

Na segunda metade os transmontanos tiveram um período de supremacia nos instantes iniciais, tal como o adversário conquistou pontapés de canto, conseguiu faltas junto à área e, por momentos, pareceu querer dar uma resposta ao maio ímpeto dos Guerreiros.

Só que depois dos ensaios chegou mesmo o golo para o Sp. Braga. Na sequência de um pontapé de canto o defesa Bruno Viana, a meias com Bressan que ainda faz um ligeiro desvio, conseguiu dar o melhor seguimento ao cruzamento tenso de Jefferson, pondo os arsenalistas na frente do marcador.

Golo suficiente para conquistar os três pontos e dar seguimento à onda de vitórias. A reação do Desp. Chaves foi ténue, musculada e com coração, mas sem cabeça e, sobretudo, sem argumentos para importunar. Ainda não foi desta que os flavienses conseguiram vencer na cidade dos arcebispos.

O Sp. Braga está novamente no quarto lugar depois do triunfo, o quinto seguido na Liga, recorde-se. A equipa de Abel ganha uma injeção de confiança para a deslocação da próxima quinta-feira à Bulgária.