FIGURA: Jonas
Quem mais? Marcou os dois golos da vitória encarnada no Restelo. Esteve em dúvida, devido a queixas musculares, mas foi o homem-golo do Benfica e o homem do jogo deste dérbi. No primeiro tento mostrou segurança na concretização (aos 6 minutos), no segundo confirmou a habilidade após bom passe de Gaitán (aos 60 minutos). O avançado encarnado soma já 16 golos, ultrapassou Lima (14) e está a um de Jackson Martínez (17) que lidera a lista de goleadores deste campeonato. Saiu aos 82 minutos debaixo de muitos aplausos e sem ver o cartão amarelo que o afastaria do Clássico (tal como Samaris).
 
MOMENTO: minuto 6
O azar de uns é a sorte de outros. O mesmo que dizer, um mau momento de Pelé deu origem ao primeiro golo do Benfica. O jogador do Belenenses fez um mau atraso, Ventura saiu da área e num primeiro momento ainda aliviou, mas a bola foi parar aos pés de Jonas que, só com João Afonso pela frente, bateu fácil para o 1-0.


FILME DO JOGO, AO MINUTO


POSITIVO:
A forma como o Belenenses respondeu ao Benfica, após sofrer o primeiro golo. Certamente que a equipa de Jorge Jesus, ainda que a jogar fora de casa e tão diferente dos jogos na Luz, não contava com isso. A formação orientada por Jorge Simão cresceu ao longo da primeira parte, não deixou o Benfica jogar no último terço do terreno e controlou bem o jogo. Essa atitude garantiu um dérbi, ainda que com muitas diferenças, «à antiga».

NEGATIVO:
As ausências de Rui Fonte, por opção, e de Miguel Rosa, que saiu tocado do jogo em Arouca. O primeiro emprestado pelo Benfica e ausente por isso mesmo, o segundo já do clube do Restelo, mas sempre de fora nestes duelos frente à equipa que o formou. Talvez, também, por este motivo os próprios adeptos do Belenenses dirigiram uma tarja ao presidente da SAD do clube: «RPS (Rui Pedro Soares) és um vendido.»


RESULTADO FINAL


OUTROS DESTAQUES:
Carlos Martins: quis jogar e ser feliz e, depois de se desvincular do Benfica, está a conseguir sê-lo ao serviço do Belenenses. Aos 24 minutos, quase marcou o golo do empate na marcação de um livre com um pontapé bem batido e com efeito, a obrigar Júlio César a esticar-se. E a confirmar que quem sabe, nunca esquece. Ao longo do encontro, foi constante e aos 64 minutos, com 0-2, quase encurtava a vantagem após levar a bola a passar rente ao poste da baliza encarnada.

Sturgeon: é um dos jogadores mais influentes da equipa do Restelo e frente ao Benfica não se intimidou. Foi criando perigo e lançando a formação da casa para o ataque, na lateral esquerda. O atrevimento do Belenenses, que foi aumentando ao longo da primeira parte, nasceu muitas vezes dos seus pés. Tal como, em alguns momentos, dos de Dálcio no outro lado do terreno.

Gaitán: apareceu na convocatória à condição e apresentou-se condicionado, devido a uma mialgia, mas essa limitação física notou-se pouco, já que foi um dos melhores do Benfica nesta exibição menos conseguida, mas suficiente. Além da qualidade de jogo a que já nos habituou, carregou o Benfica na esquerda e cruzou de forma exímia para o segundo tento de Jonas.