Depois de uma primeira parte com pouco futebol e dividida em termos de oportunidades, embora com sinal mais para a equipa da casa, o camaronês Joel fez jus ao apelido que lhe foi dado no Brasil - «Cruel» - e abriu caminho, nesta sexta-feira, a uma goleada (4-1) fácil do Marítimo na receção ao Feirense.  

Se o Marítimo se apresentou sem alterações relativamente à equipa titular que venceu em Tondela na última ronda, já o Feirense viu-se forçado a operar muitas mudanças forçadas ao onze inicial que defrontou e perdeu ante o Benfica, por força de castigos aplicados a Jean Sony, Briseño, Tiago Silva e Edson Farias.

As lesões de Barge e Tiago Gomes também deram dores de cabeça a Nuno Manta Santos para idealizar uma equipa que fosse capaz de somar pontos de modo a manter-se na luta pela manutenção.

Embora sem arriscar em demasia, a equipa de Santa Maria da Feira entrou determinada em surpreender o Marítimo, impedindo os pupilos de Daniel Ramos de sair a jogar com critério, e colocando rapidamente vários elementos perto da grande área insular.

A equipa madeirense já estava avisada, já que apesar de passar por alguns momentos de aflição, foi resolvendo bem os desequilíbrios que os visitantes foram conseguindo criar até à entrada para os primeiros 20 minutos de jogo.

Contudo, o melhor que o Feirense conseguiu fazer foi tentar surpreender de fora da área ou então em lances de bola parada, que na totalidade acabaram por ser resolvidos em grande dificuldade por Amir. A excepção chegou aos 37m, quando Karamanos conseguiu receber e vencer a oposição de Pablo, em plena grande área, e rematar na passada, obrigado o guarda-redes verde-rubro a evitar o golo com uma defesa atenta.

O lance acordou o Marítimo, mas sem efeitos práticos. Aos 43m, Jorge Correa assinou uma bela incursão individual pela esquerda e rematou forte e colocado para grande defesa de Caio. A bola ressaltou para Joel que assiste para Rodrigo Pinho marcar, mas o lance foi invalidado por fora de jogo do camaronês, que se encontrava adiantado na altura do primeiro remate. Perto do intervalo, Zainadine esteve perto de desfazer o empate, com um belo cabeceamento, mas o guardião Caio estava atento e segurou o nulo.

O Marítimo foi para as cabines claramente em cima do jogo. E o período de reflexão fez maravilhas à equipa da casa. Em pouco mais de dez minutos do segundo tempo, Joel marcou dois golos e Ricardo Valente o terceiro. Que melhor reentrada poderia uma equipa desejar depois de uma primeira parte pouco conseguida?

O Feirense procurou reagir logo após o primeiro golo, mas ao fazê-lo abriu uma autêntica auto-estrada para os outros dois. Babanco, aos 66m, ainda conseguiu reduzir através de um livre direto cobrado com classe, mas o golo não conseguiu desviar a equipa da casa de um objetivo que já se afigurava como evidente: golear.

Jean Cléber sentenciou a partida, aos 81m, com assistência de Joel, mas até ao final,os insulares ainda dispuseram de uma par de oportunidades para ampliar, tendo inclusive visto novo golo ser invalidado, por fora de jogo.