Valeu pela segunda metade. Longe dos objetivos propostos, Sp. Braga e Sporting mediram forças na Pedreira com o Sporting a regressar aos triunfos (2-3) com um hat-trick de Bas Dost na segunda parte, a valer a cambalhota no marcador aos leões. Adrien falhou uma grande penalidade e foi de penálti que o holandês começou a escrever o triunfo.

O Sp. Braga entrou bem no encontro, Ricardo Horta voltou a marcar na Liga mais de uma volta depois e fez os bracarenses acreditar novamente no fator Abel Ferreira para domar o leão. Mas, depois de uma primeira parte morna, o leão acordou e chegou ao triunfo.

Em estreia no comando técnico do Sp. Braga, depois de na primeira volta ter surpreendido em Alvalade como interino na sucessão entre Peseiro e Jorge Simão, Abel Ferreira operou uma autêntica revolução no onze arsenalista. Apenas Ricardo Ferreira, Battaglia, Pedro Santos e Stojiljkovic, sendo que inclusivamente o técnico voltou ao 4x4x2 apostando numa dupla atacante formada por Rui Fonte e Stojiljkovic.

No lado do Sporting Jorge Jesus operou apenas uma substituição comparativamente com o empate no dérbi com o Benfica, fazendo Zeegelaar regressar ao lado esquerdo da defesa depois de cumprir castigo.

 

Entre a sorte e o azar

Entrando em campo a oito pontos dos rivais diretos, Sp. Braga e Sporting iniciaram o jogo com um ritmo lento, quase que já a descomprimir em final da época. Depois de Gelson ter testado a atenção de Marafona logo aos cinco minutos, os minhotos puseram-se em vantagem aos treze minutos.

Battaglia deu um abanão na monotonia, arrancou pela direita e serviu Rui Fonte. O avançado rematou com estrondo ao travessão da baliza de Patrício, sendo que a mesma trave que serviu como elemento de azar para Rui Fonte serviu como uma assistência preciosa para Ricardo Horta abrir o marcador.

Ao minuto 28 a sorte e o azar voltaram a andar de mão dada. Alan Ruiz lesionou-se sozinho, ficou de imediato agarrado à perna ao tentar mudar de direção para se fazer a um passe atrasado. O argentino teve de sair de maca, num momento de azar, claro está, mas acabou por ser de sorte para o Podence e para o próprio Sporting.

O jovem jogador resgatado ao Moreirense entrou com a corda toda e, mesmo a frio, mexeu com um leão cuja capacidade de resposta à desvantagem era muito ténue. Veloz, o extremo foi travado por Rosic em falta no interior da área apenas dois minutos de ter entrado em campo.

Adrien colocou demasiado o esférico, desviou a bola de Marafona, que adivinhou o lado, mas desviou também da baliza atirando ao lado num espelho do que foi a reação leonina. Pouco atrevimento, ritmo baixo e pouca imprevisibilidade.

Caminho do leão na perseguição a Messi

A segunda parte foi mais interessante, até porque teve quatro golos. O Sporting precisou apenas de cinco minutos para empatar o encontro, desta feita com Bas Dost a não desperdiçar o castigo máximo. Goiano e Gelson embrulharam-se, Nuno Almeida assinalou a segunda grande penalidade da tarde para o leões.

Vinte e cinco minutos depois o holandês confirmou o bom momento da equipa de Alvalade, que esteve mais acutilante na segunda metade, operando a reviravolta com um golpe de cabeça ao seu estilo. Cabeçada certeira a corresponder a um cruzamento de Zeegelaar.

Contudo, a reação bracarense foi forte. A equipa de Abel empatou novamente o encontro apenas quatro minutos depois por Rui Fonte. Com a Pedreira a empurrar o atacante deu o melhor seguimento a uma jogada de insistência de Pedro Santos, relançando a partida para o último quarto de hora.

Fase positiva do Braga, com muita crença a acreditar no triunfo e a ameaçar encostar o Sporting no seu setor mais recuado. Mas ainda havia mais de Bas Dost. Cruzamento de Schelotto na direita para novo cabeceamento com as medidas certas de holandês.

Contra a corrente do jogo o Sporting voltou aos triunfos, tendo novamente cinco pontos de desvantagem para o segundo lugar. O Sp. Braga espera apenas que a matemática confirma a perda do quarto lugar.