A FIGURA: Adriano Facchini

A permanência do Aves bem pode segurar-se nas mãos do guarda-redes brasileiro. Não só pela magnífica exibição de hoje, mas também muito por ela. Adriano fez uma exibição de excelente nível, a justificar plenamente por que ganhou a titularidade a meio da época na baliza. Esta noite, as defesas impossíveis sucederam-se a um ritmo impressionante. Aliás, o Estoril não chegou em vantagem ao intervalo. Querem um exemplo? Pois, damos dois, no mesmo lance, aliás. Aos 26’, o guardião do Aves salva o cabeceamento de Bruno Gomes, após canto na esquerda, e na recarga volta a fazer uma intervenção do outro mundo a novo cabeceamento de Halliche. Na baliza, Adriano foi um imperador.

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O MOMENTO: Minuto 81. Um remate para a manutenção

Um golo, uma vitória e talvez a permanência na Liga… Com um pontapé apenas Nildo Petrolina acabaria por fazer tudo isto. Aos 81’, o extremo brasileiro recebeu um passe longo de Vítor Gomes, dominou e à entrada da área, com os dois centrais estorilistas pela frente, e rematou colocado para o 1-0 que viria a sentenciar o resultado final e a fazer a festa na Vila das Aves.

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OUTROS DESTAQUES:

Nildo Petrolina

Ágil, muito ágil e veloz sobre os corredores. O jogo do Aves passa em boa medida pela rapidez que juntamente com Amilton Nildo imprime pelos flancos. O brasileiro foi o mais perigoso do Aves na primeira parte. Faltava, porém, melhor definição no último terço do terreno. Que haveria de aparecer aos 81’, quando Nildo recebeu e rematou para o golo que fez estalar a festa e vibrar euforia os adeptos da casa.

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Allano

O extremo de 23 anos foi um tormento constante para a defesa avense. Na primeira parte, dos seus pés surgiu um par de ocasiões de golo: aos 22’, apareceu solto na área a atirar ao poste; dez minutos depois, puxou da direita para a esquerda e atirou cruzado rente à trave. A velocidade e técnica deste brasileiro que passou por Botafogo, Cruzeiro e Bahia fizeram a diferença sobre o flanco direito, umas vezes. Isto quando não aparecia na área, em zona de finalização.

Halliche e Dankler

Atrás foram controlando o ataque avense (até ao golo de Nildo), mas foi sobretudo nas ações ofensivas que os centrais estorilistas se destacaram. Nos lances de bola parada, o jogo aéreo de Halliche e Dankler quase fazia a diferença, não fosse a exibição fora de série de Adriano Facchini.