Duelo de ideologias na pedreira. O futebol trabalhado do Sp. Braga levou a melhor sobre o futebol direto do Boavista, num jogo de sentido único que contou com uns guerreiros demasiado mandões para uma pantera tão tímida. Nikola Vukcevic foi a grande figura do encontro ao apontar dois dos golos do triunfo (4-0) arsenalista.

Confira o FILME E A FICHA DE JOGO
 
Sem olhar a históricos, Sp. Braga e Boavista entraram em campo relegados ao estatuto atual de cada uma das equipas. Os minhotos assumiram as despesas do jogo, sem medo de se instalarem no meio campo adversário. As panteras adotaram um papel submisso, sem vergonha de tentar o futebol direto quando conseguiam arrumar a bola para longe da sua baliza.
 
Perante este cenário, o futebol rendilhado e de posse do Sp. Braga de Paulo Fonseca precisou de pouco mais de um quarto de hora para dar frutos. Depois do cerco à baliza de Gideão, os guerreiros planearam um ataque mortífero com um número considerável de homens a atirar ao alvo.
 
Roman abriu uma brecha na esquerda e precipitou a invasão à área axadrezada. Goiano fez a primeira tentativa, mas Gideão defendeu; na ressaca Crislan ainda atirou ao poste, mas a investida foi montada para dar golo. Foi Vukcevic a vir de trás para fazer um golo pleno de oportunidade, abrindo caminho ao triunfo bracarense.
 
Mexeu o placard, não se alterou o figurino do jogo. O Boavista não teve argumentos para importunar os guerreiros, tentou alguns lançamentos em profundidade, mas nem sequer esteve perto de incomodar o guarda-redes Kritciuk.
 
Ou seja, a pantera esteve sempre domada, nunca mostrou as garras e viu o Sp. Braga ter bola, jogar com tranquilidade, controlar os espaços e, consequentemente, ter o controlo do jogo. No entanto, era um domínio pouco produtivo. Era preciso mais para mexer com o marcador e dar expressão à supremacia demonstrada.

Vukcevic encarregou-se de voltar a fazer abanar as redes no seguimento de um pontapé de canto apontado por Pedro Santos, já no segundo tempo. O médio voltou a aparecer no sítio certo à hora certa para se estrear a marcar na equipa principal do Sp. Braga, logo com um bis.
 
Em tarde de estreias, já com Hassan em campo e a cumprir os primeiros minutos com camisola do Sp. Braga, Crislan aproveitou o lançamento de Boly para também ele fazer o seu primeiro golo em Portugal, aos 67 minutos. O brasileiro aguentou a carga de Philipe Sampaio e desviou o esférico de Gideão.

Apenas depois de estar a perder por três bolas a zero a equipa de Petit fez por justificar a presença de Kritciuk na ficha de jogo, com Uchebo a obrigar o guarda-redes da equipa da casa a fazer a primeira intervenção digna de registo do jogo.
 
A contagem foi fechada a seis minutos dos noventa, na conversão de um castigo máximo por Alan. Philipe Sampaio abalroou Hassan no interior da área e permitiu ao capitão fazer o gosto ao pé.
 
Jogo com história simples. O Sp. Braga voltou aos triunfos num jogo em que dominou de princípio ao fim, controlou a pantera e com tranquilidade fez o marcador evoluir para uma goleada que não sofre contestação.