A figura: André Leão

Um dia Paulo Fonseca referiu-se ao médio como um jogador com qualidade para jogar na seleção nacional. É difícil prever até onde poderia chegar o médio na altura em que o técnico proferiu essa frase. Porém, é possível afirmar que Leão é um jogador de qualidade indiscutível. Inteligente, conhece cada palmo de terreno que pisa. Com a sua qualidade de passe, indica o melhor caminho para derrubar a organização contrária. Em suma, é o farol de toda a equipa pacense e provou-o uma vez mais esta tarde.

Momento: 74 minutos

Os pacenses tinham acabado de esbanjar uma vantagem de dois golos. O tempo corria, à medida que o Moreirense ia crescendo no encontro perante um Paços de Ferreira incapaz de regressar ao jogo. Porém, um lance de bola parada – mais um no encontro – teve o condão de anular a divisão de pontos que se desenhava no horizonte. Miguel Vieira correspond,eu da melhor forma, a um canto de Xavier para selar o triunfo dos castores. Bancadas em rejúbilo, explosão de alegria no relvado. Sofrido, mas saboroso.

Outros destaques:


Rafael Costa: é o ano de estreia na Europa mas não parece. Cabeça levantada, bola colada ao pé esquerdo e qualidade de passe acima da média. O papel de elo de ligação entre a defesa e o ataque assenta-lhe na perfeição. E uma vez mais, cumpriu-o com distinção. O Moreirense cresceu até onde o pé esquerdo do brasileiro quis. Uma bela exibição coroada com um golo.

Bruno Santos: funciona como um vaivém no corredor direito pacense. Subiu muito e, por norma, bem. Porém, deixou a desejar no capítulo defensivo, a sua função primordial. Ridícula a falta cometida sobre Peña que dá origem à grande penalidade convertida por Rafael Costa e que recolocou o Moreirense na discussão do resultado.


Iago: não deu uma nesga de espaço a Welthon durante todo o encontro. Concentrado e imperial no jogo aéreo, não perdeu um lance o jogo inteiro. Assinalou o golo que recolocou o Moreirense na discussão pela vitória. Tal como a sua equipa, merecia ter saído de Paços de Ferreira com outro resultado.

Miguel Vieira: uma exibição intermitente. Intercalou cortes importantes com abordagens pouco convincentes. Porém, assumiu o papel de herói ao resgatar três pontos com uma cabeçada certeira à entrada para o último quarto de hora.