Lá diz a velha máxima que no futebol o que contam são os golos e nesse aspeto as equipas equivaleram-se neste jogo da 8.ª jornada da Liga.
No entanto, no futebol praticado, o Portimonense goleou, tantas foram as oportunidades desperdiçadas, ficando assim a queixar-se de si próprio e da deficiente pontaria dos seus jogadores para conseguir mais do que o empate.
O Portimonense voltou uma vez mais a jogar bem, com grande atitude ofensiva, mas o resultado voltou a não ter correspondência com a exibição. O Aves acaba por ser feliz com o pontinho conquistado, pois pouco fez para o merecer.
O mérito avense esteve na eficácia ofensiva, estando duas vezes em vantagem, marcando nas duas únicas vezes em que incomodou verdadeiramente o guarda-redes algarvio.
Amilton, ex-jogador do Portimonense, aproveitou um atraso mal medido de Wilson Manafá para Felipe Macedo e intercetou a bola para romper pela esquerda e abrir o marcador a sete minutos do intervalo, depois de uma boa entrada dos algarvios, que aos 11 e 12 tiveram boas oportunidades, por Pedro Sá e Shoya Nakajima.
O Portimonense acusou um pouco o golo, mas conseguiu empatar no último minuto antes do descanso, com Rúben Fernandes a desviar na pequena área um cruzamento de Paulinho, na sequência de um canto, devolvendo alguma justiça ao marcador, que seria mais verdadeira em vantagem, até porque Fabrício ainda falhou nos descontos num remate de primeira à entrada da área, levando a bola a passar próxima do poste esquerdo da baliza de Quim.
Resumo do jogo em vídeo:
Na segunda parte, o domínio do Portimonense foi mais incisivo, e as oportunidades falhadas também foram em maior número e mais perigosas. O desfile começou logo no primeiro minuto num cabeceamento ao poste de Felipe Macedo, na sequência de um canto. Fabrício aos 53 minutos acertou nas malhas laterais e Paulinho também não teve melhor sorte aos 69, rematando ao lado numa incursão pela área. Na sequência, o Aves voltou a colocar-se em vantagem, com Amilton a servir Arango, que entrara oito minutos antes, que atirou com êxito.
Se o empate já era injusto para o Portimonense esta segunda vantagem do Aves poderia aniquilar de vez a moral algarvia. Mas tal não aconteceu e os algarvios ainda acreditaram que poderiam reverter a situação. Nakajima, a quatro minutos do fim obrigou Quim a grande intervenção, e Fabrício, dois minutos depois, aproveitou um ressalto na sequência de um canto para empatar. Já não restava muito tempo para o jogo terminar mas mesmo assim os algarvios ainda alvejaram por duas vezes a baliza de Quim, mas sem resultados práticos e justos.
