A FIGURA: Slimani
Boa exibição do avançado diante do Belenenses. No primeiro tempo foi o único que procurou criar perigo junto da baliza do Belenenses, aproveitando a preciosa ajuda de Montero, que desbravou caminho em diversos lances ofensivos dos leões. Na segunda parte o argelino eclipsou-se, juntamente com o resto da equipa, mas foi sempre muito interventivo no ataque, saindo da sua cabeça os principais lances de perigo. Acabou também por ter preponderância no resultado, ao estar envolvido no lance com Tonel que ditou o penalti e o golo solitário de William Carvalho.

O MOMENTO: a mão «marota» de Tonel
Quando tudo caminhava para o empate, eis que um lance disparatado do experiente Tonel (no regresso a Alvalade) deu a sorte grande ao Sporting. Aos 90 minutos, o central tentou ganhar vantagem sobre Slimani nas alturas. Ao ver que não conseguia, Tonel utilizou a mão para cortar a bola. O lance não passou despercebido a Artur Soares Dias, que apontou de imediato para a marca de grande penalidade. Na conversão, William Carvalho fez o golo do triunfo leonino.

OUTROS DESTAQUES:

Montero

O «avioncito» não só tem asas como agora também ganhou um trem de aterragem. Bola na frente vinda do meio campo termina quase sempre no pé do colombiano porque é ele o «trabalhador» que Jorge Jesus tanto gosta de ter nas suas equipas. Sempre muito interventivo no ataque, jogou e deu a jogar, mostrando ser uma solução mais do que à altura a Teo Gutiérrez, com o pormenor de arrastar a marcação dos defesas e dar mais espaço de manobra a Slimani. É aquele que estica o ataque quando é preciso, e também o que assenta ideias e ajuda a construir ocasiões de perigo, combinando muito bem com os homens que aparecem em terrenos mais ofensivos. Apesar da boa exibição na primeira parte, acabou sendo substituído a meio do segundo tempo.

João Pereira
Jogo para esquecer (mais um) do lateral direito do Sporting. Ricardo Sá Pinto deu conta das fragilidades do português e mandou o Belenenses atacar pelo lado direito preferencialmente, ao ponto de todos os ataques perigosos dos azuis terem partido sempre daquele lado. Valeu a consistência defensiva que foi adquirindo ao longo da partida.

O lance de génio de Bryan Ruiz
Aos 39 minutos, o avançado costarriquenho rompeu pelo lado direito do terreno e foi ultrapassando, com calma e mestria, todos os adversários que foi encontrando pelo caminho. Um, dois, nom meio de outros dois, e depois rematou cruzado para a baliza do Belenenses. A bola levava selo de golo mas uma defesa quase por instinto de Ventura, com a mão esquerda, negou-lhe essa possibilidade. Um lance de génio que recolheu «aaaaahhs» e aplausos das bancadas.

A surpresa de Sá Pinto
André Sousa no lado direito do ataque. Ao contrário do que vem sendo o onze escalado pelo técnico ao longo do campeonato, em Alvalade o Belenenses apresentou-se com um triângulo de meio campo formado por Rúben Pinto, Ricardo Dias e Fábio Sturgeon, este no vértice mais adiantado. André Sousa, que habitualmente povoa aquela região e cuja parelha com Rúben Pinto tem dado frutos, avançou na direita para fazer as vezes de extremo. O motivo desta alteração só Sá Pinto saberá, mas, tendo em conta as rotinas do médio, terá sido pensada de um ponto de vista mais defensivo, ou seja, para travar as investidas de Jonathan Silva por aquele lado e, ao mesmo tempo, colmatar as possíveis dificuldades de João Amorim, que teve de render o «leão» André Geraldes na defesa. E não é que resultou? Excetuando uma jogada que até poderia ter resultado em golo de Bryan Ruiz, no primeiro tempo o Sporting praticamente não atacou por aquele flanco.