Belenenses e Marítimo empataram esta segunda-feira a uma bola, num jogo disputado, e continuam sem somar qualquer triunfo nesta edição da Liga.

Filme e ficha do jogo

A primeira parte foi muito dividida, com as duas equipas a disporem de várias oportunidades e a tentarem causar mossa através de ataques rápidos. Sem Carlos Martins (novamente de fora por lesão), os lisboetas entraram melhor na partida. Aos dois minutos, Rúben Pinto tentou o chapéu a Salin, mas o guarda-redes do Marítimo defendeu para canto.

Apesar do equilíbrio de forças, dava a sensação de que o conjunto insular estava mais sereno. Muito bem arrumado defensivamente, o Marítimo resolvia a maior parte dos problemas causados pelo ataque dos azuis através da armadilha do fora-de-jogo. Uma estratégia quase sempre bem afinada, mas que por pouco não deu para o torto aos 13 minutos, quando Miguel Rosa perdeu o tempo de remate.

Destaques do Belenenses-Marítimo

Do outro lado, a defesa do Belenenses passava por dificuldades. Pelo chão, Dyego Sousa falhou uma dupla oportunidade de golo, mas foi pelo ar que o Marítimo se adiantou no marcador, pouco depois da meia hora de jogo.

Fransérgio saltou sem oposição na pequena área e fez o 1-0. Não que os homens de Sá Pinto não estivessem avisados. Antes, por duas vezes, os insulares já tinham explorado as debilidades da equipa da casa no jogo aéreo.
Após o golo, o Marítimo conseguiu gerir o jogo perante um Belenenses demasiado nervoso e a precisar do intervalo.

Mas, ao contrário do que seria de esperar, o Belenenses não regressou melhor para o segundo tempo e os insulares até podiam ter dilatado a vantagem pouco depois do recomeço, por intermédio de Tiago Rodrigues, primeiro, e Dyego Sousa, depois.

O que quer que Sá Pinto tenha dito aos jogadores nos balneários, não estava a resultar. Por isso mesmo, resolveu mexer. De uma assentada, lançou Camará e Betinho para os lugares de Tiago Silva e Caeiro. Em termos de caudal ofensivo, a dupla substituição não mudou muito, mas trouxe mais oxigénio ao ataque da equipa dos lisboetas, que lá conseguiram chegar ao empate a menos de 20 minutos do fim.

Camará bombeou da esquerda para a direita, onde Rúben Pinto colocou de cabeça para Miguel Rosa, que se antecipou à defesa do Marítimo.

O empate parecia saber melhor ao Belenenses do que propriamente aos insulares, que estiveram perto da vitória já em período de descontos. Tiago Rodrigues bateu direto um livro junto à linha lateral e, não fosse Ventura, os insulares tinham regressado à Madeira com os três pontos.

Empate que se ajusta no Restelo, mas com um toque mais agridoce para os visitantes, que produziram mais ao longo dos 90 minutos num jogo em que as duas equipas protagonizaram um melhor espetáculo nos primeiros 45 minutos do que propriamente na etapa complementar. Ainda não foi desta que Belenenses e Marítimo somaram a primeira vitória nesta Liga.