Reviravolta na Amoreira que permite ao Estoril continuar a sonhar com a Europa. O Marítimo marcou primeiro, de bola parada, mas os canarinhos nunca baixaram os braços e viraram o resultado em apenas dois minutos no início da segunda parte, num jogo marcado por uma polémica arbitragem de Carlos Xistra. A verdade é que a equipa de amarelo continua na peugada do Arouca (- 3 pontos), Paços (-2) e Rio Ave (-1) na luta pelas duas últimas vagas que dão acesso à Liga Europa e o próximo jogo, novamente na Amoreira, é frente ao Arouca. Nelo Vingada poupou cinco dos seis jogadores que estavam em risco para o próximo jogo...com o Benfica.

Confira a FICHA DO JOGO

Entrada forte do Estoril, com os canarinhos à procura de profundidade, com solicitações para as entradas de Bonatini, Mattheus e Mendy. Com um ritmo elevado, os jogadores de Fabiano Soares atacaram a baliza de Salin com tudo o que tinham, conquistaram três cantos e podem queixar-se de uma grande penalidade que terá fiado por marcar, numa falta de Maurício sobre Bonatini em plena área. Carlos Xistra mandou seguir e foi o Marítimo que chegou ao golo, logo aos seis minutos. Na marcação de um livre sobre a direita, Patrick atirou tenso para o primeiro poste onde surgiu Plessis, nas alturas, a desviar de cabeça. Contra a corrente do jogo, os madeirenses ganhavam vantagem e espevitavam ainda mais os de amarelo que, com um forte apoio das bancadas, procuraram uma resposta célere.

O Estoril carregou ainda mais no acelerador e esteve muito perto do empate, num bom lance de Felipe Augusto que terminou com um remate de Matheus devolvido pelo poste. Anderson Luis ainda tentou a recarga, mas Salin defendeu. O problema é que este Marítimo já não joga sob pressão, pelo contrário, esteve sempre tranquilo e respondia na mesma moeda, com Djoussé e Gevaro bem abertos nas alas e Dyego Sousa ao centro a colocarem muitos problemas à defesa do Estoril. O jogo prosseguiu, assim, aberto, com oportunidades à vez, mas com um ligeiro ascendente do Estoril, que conseguia profundidade, conquistava muitos cantos, mas tinha poucas oportunidades para visar a baliza de Salin.

Até ao intervalo, apenas mais uma oportunidade, numa cabeça de Bonatini, e em mais um remate de Mattheus, mas a verdade é que Diakhité também podia ter marcado em mais um lance de bola parada. O resultado não interessava nada ao Estoril que, a perder, ficava praticamente fora da Europa. Boa vantagem para o Marítimo, tendo em conta que apresentou-se desfalcado na Amoreira. Dos seis jogadores que estavam em risco de falhar o próximo jogo com o Benfica, apenas Patrick entrou em campo.

Por isso os canarinhos voltaram a entrar com tudo no arranque da segunda parte e, em apenas dois minutos, viraram o resultado. Primeiro em mais um lance polémico, com Mattheus a ser derrubado por Dirceu sobre a linha de grande área [as imagens de televisão mostram que foi dentro], com Carlos Xistra, desta vez, a não ter dúvidas e a apontar para a marca de castigo máximo de onde Bonatini, com um pontapé ao ângulo, empatou. Bola ao centro e, dois minutos depois do empate, novo golo, outra vez com Mattheus no lance. Dirceu escorregou e deixou o brasileiro à vontade para servir Mendy que não marcou à primeira, mas marcou na recarga.

Estava consumada a reviravolta, mas ainda faltavam muitos minutos e o Marítimo, renovado com as entradas de Lynneeker e Baba, ainda deu muito trabalho até ao final do jogo. Agora eram os madeirenses que procuravam velocidade diante de um Estoril que queria apernas que os ponteiros andassem mais depressa. Fabiano Soares foi desmontando o ataque para reforçar o meio-campo e o Marítimo manteve o resultado em aberto até ao último instante, mas os canarinhos seguraram a curta vantagem que lhes permite continuar a ambicionar chegar a uma vaga europeia.

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