Pela primeira vez na história, o dérbi madeirense, entre Marítimo e Nacional disputou-se sem público nas bancadas, mas nem por isso o encontro que opôs os eternos rivais do arquipélago foi menos digno. Com futebol até interessante, houve ocasiões para faturar, de baliza a baliza, mas também os golos fizeram sentir a sua falta.

O Nacional até foi a primeira equipa a tentar subir até à grande área do Marítimo, mas os verde-rubros foram mais proativos nos primeiros minutos, tentando circular a bola que, mesmo assim, poucas vezes saía da zona do meio-campo. Com o passar dos minutos, e o aproximar do primeiro quarto de hora, as incursões ofensivas foram aparecendo, quase sempre protagonizadas pela equipa da casa.

O jogo estava intenso, como pedem os dérbis, mas só aos 18’ Joel Tagueu esteve perto de marcar, de cabeça, na resposta a um lançamento lateral de Pedro Pelágio, bem próximo da linha de fundo. A bola não passou muito distante do poste de Daniel Guimarães.

Ao cabo dos 25 minutos iniciais, o Marítimo revelava uma supremacia evidente, mas que esbarrava na linha defensiva do Nacional, que conseguia resolver as situações de perigo em torno das suas redes.

Aos 34 minutos, nova chance para a formação de Lito Vidigal, com um remate de fora da área de Pelágio, parado por Daniel Guimarães. A bola ainda sobrou para Joel, que atirou às malhas, bem perto do poste.

A resposta surgiu pouco depois, e o primeiro remate enquadrado do Nacional apareceu aos 37 minutos, por intermédio de Riascos, mais rápido que os centrais adversários, mas que rematou rasteiro para uma defesa fácil de Amir.

Foi uma espécie de ponto de viragem, e à medida que se aproximava o intervalo, a equipa de Luís Freire foi esticando o seu jogo, conseguido chegar mais perto da grande área maritimista, com a melhor ocasião a surgir mesmo antes do fim da primeira parte, já aos 45 minutos. Foi de Camacho, um remate potente que obrigou Amir a uma defesa vistosa.

No regresso das cabines, o Nacional indiciava uma atitude mais ofensiva e o seu melhor momento na partida. No entanto, o jogo estava aberto e dividido, e aos 54 minutos, foi o Marítimo a protagonizar uma boa jogada que por pouco não deu em golo. Rodrigo Pinho recebeu de costas para a baliza, rodou sobre si próprio e rematou rasteiro para uma defesa difícil de Daniel, que desviou para canto.

À entrada para a última meia-hora de jogo, os homens da casa voltaram a dominar, mesmo com rasgos de futebol ofensivo, a espaços, dos visitantes, que ao cabo de alguns minutos voltaram a estar ligeiramente por cima.

O jogo esteve sempre dividido e eletrizante, e já nos últimos 10 minutos, os verde-rubros tornaram a beneficiar de um par de boas ocasiões, mas que não acabaram ao fundo das redes alvinegras. Sortes semelhantes para ambas as equipas, na tentativa de chegar ao golo, apesar das várias oportunidades construídas.

Com o apito final, o empate adequava-se, num jogo que teve maior pendor para o Marítimo na primeira parte, e com um Nacional mais ativo na fase complementar.