Filipe Gouveia não esconde que ficou insatisfeito com as movimentações da Académica no mercado de transferências. O técnico queria emagrecer o plantel, algo que não sucedeu, e de quatro reforços pedidos recebeu apenas dois, por empréstimo: Rafa Soares, do FC Porto, e Gui, do Vitória de Guimarães.

«Disse que o plantel era extenso e queria ficar com 26 jogadores. O que é certo é que, neste momento, continuo a ter os 30 jogadores. Cada um tem de comer a sua fatia de responsabilidade. Eu como a minha e assumo aquilo que digo: que queria ter 26 jogadores e queria quatro reforços. Mas eu sou empregado do clube, que entendeu não arranjar, ou não conseguiu, soluções para isso», assumiu, citado pela agência Lusa.

Já o Boavista, adversário deste domingo, foi uma equipa que «reforçou-se com cinco ou seis jogadores que vieram melhorar a qualidade».

Com a Académica em zona de despromoção, com dois pontos de atraso para o Boavista, Gouveia assume que «é um jogo que pode ser decisivo, em caso de vitória». «Em caso de derrota as coisas ficam mais complicadas. O grupo está ciente disso e vai entrar com foco redobrado», acrescentou.

O treinador da Académica falou ainda do «ciclo de golos caricatos sofridos», que espera estar encerrado, e deixou uma mensagem de confiança ao grupo de trabalho, dizendo que a derrota em Setúbal foi a única mancha desde que assumiu o comando da Briosa. «Temos 21 golos marcados e 20 sofridos comigo. Um golo positivo. Sabem quantas equipas têm um registo positivo? Seis: Sporting, Benfica, FC Porto, Sp. Braga, Paços de Ferreira e Arouca.»