Figura: Amir

O iraniano saiu do Dragão com uma história para contar. Amir travou quase tudo o que foi possível e às vezes impossível, enervando a equipa do FC Porto. O guarda-redes do Marítimo sofreu dois golos, é verdade, mas deixou na memória de quem assistiu algumas defesas notáveis com destaque para o penálti batido por Telles que travou. Amir continua a queimar demasiado tempo e já nem disfarça. Será muito difícil deslocar-se desse rótulo, ainda que seja um dos bons guarda-redes da Liga.


Momento: Amir voa e impede penálti de Telles, minuto 87

O FC Porto estava em desvantagem no marcador quando Irmer derrubou Marega na área. Rui Costa marcou grande penalidade. Alex Telles, que tinha feito dois golos de penálti ante o Sp. Braga, atirou para a direita e Amir voou e defendeu. A noite não era azul e branca.



Outros destaques:


Rodrigo Pinho: o avançado do Marítimo fez um jogo de qualidade no Dragão. O brasileiro joga como poucos de costas para a baliza na Liga e mostrou-o novamente esta noite no lance do golo anulado a Correa. Depois de criar, Pinho decidiu ele próprio finalizar com toda a classe do mundo: deixou a bola colada à bota direita, driblou Mbemba e colocou a bola no fundo da baliza de Diogo Costa.  Mais tarde, o avançado desviou na trave um remate de Getterson à trave.

Pepe: o internacional português fez um jogo à imagem da linha defensiva portista: com falhas. Foi arrastado pela marcação no lance que permitiu o primeiro golo do Marítimo, mas compensou com o golo do empate. Pepe tornou-se no mais velho de sempre a marcar pelos dragões na Liga. Fez, no fundo, uma exibição com altos e baixos.

Manafá: o melhor jogador dos dragões esta noite. O lateral-direito está solto, parece já não sentir o peso da camisola e jogou como nunca. Foi Manafá quem criou a maioria dos desequilíbrios dos dragões na primeira parte, usando e abusando da velocidade que tem. Associou-se bem com Corona e Otávio e arriscou o remate em duas ocasiões. O Marítimo deu preferência ao corredor esquerdo para atacar, mas Manafá exibiu-se em bom plano. 

Nanu: destacou-se mais pelo apoio a Winck do que pelas ações ofensivas. Contudo, o extremo teve mais liberdade na segunda parte e após ameaçar o golo num remate cruzado, resolveu a partida no período de compensação com um tiro indefensável para Diogo Costa.