Para o Sp. Braga, a segunda volta começa com um assalto ao pódio. Os guerreiros do Minho recebem o Benfica na 18ª jornada, e em caso de vitória igualam o adversário de sábado na tabela classificativa.

À medida que aumenta o fosso entre os quatro primeiros e os restantes emblemas, o Sp. Braga persegue o velho objetivo de intrometer-se entre os «grandes». Até porque no espaço de um mês defronta Benfica e FC Porto (jogo marcado para o primeiro fim de semana de fevereiro).

Na primeira volta a equipa de Abel Ferreira perdeu com «águias» e «dragões», e ainda que mais tarde tenha empatado em Alvalade, o saldo neste «campeonato a quatro» mostra que esse é um salto que o Sp. Braga procura ainda, na perseguição ao título que o presidente António Salvador deseja antes do centenário (2021).

A questão não está tanto no pior registo do «campeonato a quatro», já expectável, mas antes na diferença enorme no confronto direto com os crónicos candidatos ao título.

Se analisarmos os últimos dez anos de Liga (desde 2007/08, e contando com a primeira volta da presente temporada), o Sp. Braga é, entre as equipas que disputam atualmente o principal escalão, aquela que mais pontos somou frente aos «grandes»: 41, o que dá um aproveitamento de 21,7 por cento.

A maior fatia foi conquistada frente ao Sporting, fruto de seis vitórias e um empate, o que corresponde a 19 pontos. O saldo com o Benfica é de três vitórias e quatro empates (13 pontos), para nove pontos diante do FC Porto, com duas vitórias e três empates.

Um registo ligeiramente superior ao do Marítimo, que na última década somou 37 pontos frente aos «grandes», o que dá um aproveitamento de 19,6 por cento.

Segue-se o rival, Vitória de Guimarães, com 33 pontos frente aos crónicos candidatos ao título, o que dá uma relação pontual de 17,5 por cento.

O fosso está para cima

Se tivermos em conta o tal «campeonato a quatro», com os resultados entre FC Porto, Sporting, Benfica e Sp. Braga, então verificamos que o verdadeiro fosso está aqui.

A formação minhota soma os tais 41 pontos frente aos crónicos candidatos ao título (aproveitamento pontual de 21,7 por cento), o que nem chega a metade dos pontos somados pelo Sporting nesse «campeonato a quatro»: 84, o que corresponde a um aproveitamento de 44,4 por cento. Na última década o emblema leonino conquistou 43 pontos ao Sp. Braga, 24 ao FC Porto e 17 ao Benfica.

Os «dragões» têm o melhor registo deste «campeonato a quatro», com 122 pontos conquistados, o que corresponde a um aproveitamento de 64,6 por cento.

O FC Porto fez 51 pontos diante do Sp. Braga na última década, 38 frente ao Benfica e 33 com o Sporting.

As «águias», por seu lado, amealharam 53,4 por cento dos pontos disputados com os outros três emblemas: 101 pontos em 189 possíveis. Também aqui a maior fatia foi acumulada frente ao Sp. Braga (46 pontos), seguindo-se o Sporting (38 pontos) e o FC Porto (17 pontos).

Rui Vitória sente-se bem no Minho

Analisando os duelos entre «arsenalistas» e «águias» no Minho, há registo de cinco triunfos da equipa visitante, para três da equipa da casa. Mas importa referir que o Benfica venceu apenas um duelo na primeira metade da década, para depois conseguir quatro triunfos nas últimas cinco visitas (a última vitória do Sp. Braga foi em 2014).

Rui Vitória ganhou assim nas duas visitas à «Pedreira» com o Benfica, mas o Minho é, em traços gerais, uma região de boas sensações para o técnico. Não só pelos quatro anos de sucesso no Vitória de Guimarães, mas particularmente por ter vencido as onze visitas ao Minho como técnico das «águias», qualquer que fosse a competição.

Se tivermos em conta apenas a Liga, Rui Vitória não só venceu os oito jogos disputados no Minho, como também os sete jogos disputados na Luz com equipas minhotas.

artigo atualizado: hora original 23:52, 11-01-2018