O Sporting foi de longe o clube que mais aumentou a sua exposição nas redes sociais com as contratações neste mercado de verão, muito por culpa de Fábio Coentrão que conta com quase 11 milhões de seguidores nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter). O Benfica também aumentou significativamente a sua exposição nas três redes, com mais 2,7 milhões de possíveis seguidores, boa parte a reboque do brasileiro Gabigol.

Estes números resultam de um estudo realizado pela Remarkable, uma agência especializada em comunicação e gestão de imagem na área do desporto, que fez uma análise quantitativa do impacto das contratações dos clubes da Liga nas redes sociais. A análise parte do pressuposto que os seguidores de determinados jogadores estão expostos à imagem do clube que representam e teve como objetivo principal apurar o acréscimo de exposição e popularidade dos clubes no Facebook, Instagram e Twitter.

«São números interessantes para os clubes, pois representam oportunidades para desenvolverem as suas políticas comerciais e de comunicação em novos mercados. Devem olhar para os seus jogadores como ativos para além das quatro linhas. Como exemplo, o Feirense tem seis mil seguidores no Instagram, enquanto que Antonio Briseño, recentemente contratado pelo clube, tem mais de cem mil seguidores», explica Diogo André, CEO da Remarkable. A verdade é que o clube de Santa Maria da Feira, com uma visibilidade reduzida nas redes sociais, tem agora uma janela aberta para quase 400 mil novos seguidores provenientes do Brasil e do México, graças às contratações de Luis Henrique e Antonio Briseño.

O estudo, que tem em conta apenas os novos ingressos [uma vez que os jogadores que regressam de empréstimo já deram seguidores aos seus clubes], chega à conclusão que o Sporting é o que tem mais potencial para crescer nas redes socias com base nas novas contratações. O clube de Alvalade já tinha uma base de exposição a 11,714,900 de utilizadores nas três redes, quase tantos como Fábio Coentrão que pode representar um aumento de exposição do clube de 93 por cento.

O Benfica também estendeu a sua exposição a 2.738 milhões de utilizadores nas três redes sociais. Só com a contratação de Gabriel Barbosa (Gabigol) aumenta o leque de potenciais seguidores em 2,41 milhões, quase 88 por cento do total do que lhe oferecem os novos reforços, embora Chris Willock (114,600 seguidores) e Seferovic (80 mil) também contribuam com muitos novos seguidores.

Com o FC Porto pouco ativo no último mercado de verão, é o Sp. Braga que surge no terceiro lugar do pódio, com uma exposição a 669 mil novos seguidores, com destaque para os ingressos de João Carlos Teixeira, André Horta, Muric e Ricardo Esgaio.

É fácil perceber que os jogadores provenientes [ou com passagens] dos clubes grandes, em Portugal ou na Europa, por norma, contribuem com um número elevado de seguidores, como são os casos já referidos de Fábio Coentrão [Real Madrid e Monaco, 10,9 milhões de seguidores], Gabriel Barbosa [Inter Milão, 2,41 milhões], João Carlos Teixeira [FC Porto, Liverpool, 365 mil], Mathieu [Barcelona e Valencia, 365 mil], Quiñones [FC Porto, 203 mil] e André Horta [Benfica, 165 mil].

A forte exposição destes jogadores nas redes sociais, contribui paralelamente para uma maior exposição dos clubes que representam. A contratação de Fábio Coentrão, por exemplo, gerou mais de 450 notícias em países como Portugal, Espanha e França. Gabigol também gerou cerca de 300 notícias em Portugal, Itália e Brasil.

 

Una del recuerdo. 💪 #forçabriseño #forçafierense

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Outro dado relevante é que os jogadores provenientes de países populosos, com tradição no futebol, também são uma boa fonte de exposição a novos seguidores, como são os casos de Gabriel Barbosa (Benfica/Brasil), Antonio Briseño (Feirense/México), Ronaldo Peña [Moreirense/Venezuela], Hector Quiñones (Paços Ferreira/Colômbia) e Hurtado (V. Guimarães/Peru). «De referir que não houve nenhuma nova entrada destacável de jogadores asiáticos ou norte-americanos, dois mercados de grande dimensão e com um enorme potencial para os clubes portugueses. Estas duas regiões já são bastante explorados por clubes dos grandes mercados do futebol europeu», explica Diogo André.

Segundo o estudo da Remarkable, as contratações realizadas na última abertura do mercado, contabilizando os números até 2 de setembro, trouxeram maior exposição às seguintes regiões geográficas: Europa (sem contar com Portugal), 929,750 mil; Brasil, 2.837,750 milhões; Restante América Latina, 1.129,250 milhões; América do Norte, não se registaram números relevantes; Oceânia, 54 mil.