O MOMENTO

Minuto 40, grande penalidade: Depois de ter colocado o Boavista em vantagem no jogo, Henrique viu-se novamente em destaque. Desta vez, depois de tentar tudo para travar Otávio, que ia serpenteando pela área dos axadrezados, acabou por pisar o jogador portista, cedendo assim uma grande penalidade, que daria o 2-1 do FC Porto.

A FIGURA

André Silva: À sexta jornada já leva quatro golos marcados na Liga, igualando Marega no topo da tabela de marcadores. Voltou aos golos (e logo a dobrar) no momento certo, após um jogo pouco conseguido em Tondela. Respondeu bem a um cruzamento de Otávio e fez o primeiro, mas nem quis parar para festejar. Ainda na primeira parte, voltou a mostrar-se à altura quando chamado pelo técnico para bater o penálti. Apesar da idade, mostra uma frieza e concentração na conversão das grandes penalidades.

OUTROS DESTAQUES

Otávio: É sobretudo ele quem alimenta o ataque portista. Muito forte na progressão com bola, foi uma dor de cabeça para os defesas do Boavista. Fez o cruzamento para o primeiro golo de André Silva e ganhou a grande penalidade que o companheiro aproveitou para fazer o segundo. Henrique tinha tentado tudo para o travar, só em falta o conseguiu.

Óliver: A capacidade de encontrar o buraco da agulha para fazer passar a bola num encontro em que, em muitos momentos, o Boavista jogou com um bloco muito compacto. Forte também nas recuperações de bola a meio campo.

Adrián Lopez: Chamado por Nuno Espírito Santo para substituir Depoitre no 4x4x2, mostrou ser uma boa opção para fazer dupla com André Silva. Mais apagado no início, foi crescendo no jogo, com passes e cruzamentos para a área. Em alguns lances denotou ainda alguma falta de entrosamento.

Alex Telles: Fez o 3-1 do FC Porto ao tentar cruzar para a área, numa bola que Agayev viu fugir-lhe por entre as mãos. Logo a seguir, num potente remate à baliza, obrigou o guardião boavisteiro a responder com uma grande defesa. Neste 4x4x2, cabe aos laterais portistas a missão de subir pelos flancos e foi isso que foi fazendo, até porque viu que o adversário não tentava explorar esse caminho.

Bukia: O único, na primeira parte, a fazer mexer o ataque do Boavista e a conseguir levar perigo (tirando o golo de bola parada) junto da área do FC Porto. Na segunda parte continuou o percursor das iniciativas ofensivas axadrezadas, conseguindo subir mais vezes, e ainda tentou um chapéu a Casillas.

Carraça: Constantemente obrigado a recuar para ajudar a defesa, foi protagonista de alguns cortes cruciais. Na segunda parte, com um remate de fora da área tentou surpreender o guardião portista, que só à segunda segurou.