O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestou «plena confiança» no árbitro Jorge Sousa, suspenso por três jogos, e alertou para a diferença de penas entre árbitros e demais agentes.

Arbitragem: três jornadas de suspensão para Jorge Sousa

«Findo o período de inibição de nomeação, o Conselho de Arbitragem (CA) voltará a entregar a Jorge Sousa, com plena confiança nas suas qualidades profissionais e humanas, a tarefa de dirigir jogos nas competições profissionais», disse José Fontelas Gomes em declarações à agência Lusa.

O árbitro da associação do Porto foi suspenso esta terça-feira por três jogos pelo Conselho de Disciplina (CD) da FPF, por palavras dirigidas ao guarda-redes do Sporting B Stojkovic, e Fontelas Gomes garante que «o CA respeita a autonomia e independência dos órgãos e cumprirá a determinação do CD, não nomeando Jorge Sousa para o período definido».

«A este competirá, se o entender, exercer os direitos consignados nos Regulamento Disciplinar, nomeadamente o de recorrer», sublinhou Fontelas Gomes, alertando para «a diferença que existe nas molduras disciplinares a que estão sujeitos os árbitros quando comparados com dirigentes, treinadores e jogadores».

Por isso, «o CA apela à Liga e aos clubes para que, tão rápido quanto seja possível, procedam à equiparação de penas e sua aplicação efetiva entre todos os agentes desportivos».

Fontelas Gomes frisou ainda que Jorge Sousa «é um dos mais experientes árbitros portugueses, internacional e primeiro classificado na época passada», com «uma carreira de 24 anos que fala por si e que nenhum momento menos feliz poderá apagar».

«Jorge Sousa tem sido – e continuará a ser - um exemplo para os colegas e para todos os jovens que se iniciam na atividade de arbitrar», disse ainda.

Jorge Sousa foi punido em processo sumário, com base no artigo 198.º do Regulamento Disciplinar, referente a comportamento incorreto dos árbitros, depois de a Comissão de Instrutores da Liga ter elaborado auto por infração em flagrante delito, requerido pelo presidente do CD da FPF, José Manuel Meirim.

A solicitação do presidente do órgão disciplinar aconteceu depois de terem sido divulgadas imagens do jogo Real Massamá-Sporting B, da terceira jornada da II Liga, em que se vê e ouve o referido árbitro a dirigir-se ao guarda-redes utilizando linguagem grosseira, situação que mereceu reparos do Sporting num comunicado.