Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, manifestou-se «triste» com o final da carreira de Pedro Proença, confirmado esta quinta-feira, em conferência de imprensa, considerando que o «abandono prematuro» deixa um «hiato» na representação da arbitragem portuguesa a nível internacional.

«Não reajo com alegria. O Pedro Proença faz falta à arbitragem no terreno de jogo, quer pelo que tem feito, pela qualidade, prestígio internacional, faz falta. É com tristeza que vemos o seu abandono prematuro. Do ponto de vista internacional também é um momento menos bom, na medida em que vai criar um hiato que do ponto de vista etário é indesejado, uma vez que podia continuar acima dos 45 anos», começou por referir o mais alto representante dos árbitros.

Uma saída que a arbitragem portuguesa não vai conseguir colmatar a curto prazo. «A arbitragem portuguesa tinha possibilidades de ter equipas portuguesas nas próximas grandes competições, quer de clubes, quer de seleções, e eventualmente no Euro-2016. Mas a vida é mesmo assim. O que nós, enquanto responsáveis pela arbitragem, podemos fazer é aceitar a decisão do Pedro. Sabemos que é uma decisão difícil para o Pedro. Vamos tentar colmatar estes vazios, criando condições para o mais rápido possível ter árbitros portugueses no grupo de elite da UEFA», acrescentou.

Quanto ao futuro de Pedro Proença, Vítor Pereira não tem dúvidas que vai passar pela arbitragem, a nível nacional ou mesmo internacional. «Claro que pode. Já há cerca de cinco/seis anos disse, numa intervenção pública, que a nova geração da arbitragem estava apta a encetar um novo caminho, quer na federação, quer nos clubes. O futuro veio dar-me razão. Estou perfeitamente convicto que o futuro da administração da arbitragem está assegurado. Com o Pedro e com outros que também estão agora a acabar», comentou.