O Portimonense esteve em vantagem cerca de 80 minutos, mas o gás dado pelo golo madrugador de Hélio Varela - bela exibição além do golo - deu apenas para somar um ponto (o primeiro dos algarvios) no campeonato. O Arouca teve mais energia, remates, cantos e posse de bola e acabou a justificar a investida com o golo do empate (1-1), apontado por Morlaye Sylla já na reta final do encontro.

Os algarvios marcaram logo aos cinco minutos, no único remate enquadrado com a baliza na primeira parte. Depois, mostraram competência e solidariedade a defender face à equipa de Daniel Ramos, esmagadora nas estatísticas (63-37 em posse de bola, 21-5 em remates, 16-2 em cantos), porém sem o acerto necessário à baliza de Nakamura: poucos daqueles foram os remates que acertaram com a baliza.

Depois das derrotas pesadas ante Gil Vicente (5-0) e Boavista (4-1), Paulo Sérgio fez cinco alterações no onze inicial, dando a primeira titularidade a Nakamura na baliza e levando o reforço Dener direto ao onze ao fim de alguns dias em Portimão.

Os algarvios entraram com o espírito e a agressividade que o técnico tinha pedido na antevisão, cedo criaram dificuldades ao Arouca e o gás madrugador dado ao jogo traduziu-se no golo de Hélio Varela, também novidade no onze: uma jogada rápida a partir de um lançamento lateral de Dener resultou na vantagem dos visitantes, com Carlinhos a servir o luso-cabo-verdiano para o golo.

O Arouca, aos poucos, cresceu em jogo, produziu muito ofensivamente, mas encontrou um Portimonense organizado e seguro a defender. Jason e Cristo foram sobressaindo, mas o resultado não se alterou até ao descanso.

A equipa de Daniel Ramos reentrou de novo à procura do 1-1, mas foi pecando na pontaria. Quando acertava, estava lá Nakamura ou a defensiva visitante. E foi já quando o técnico tinha lançado mais nomes para o ataque que surgiu o golo, criado... pelos dois médios mais defensivos na altura em campo. Ao minuto 84, os recém-entrados Bukia e Puche iniciaram o lance pela esquerda, Sylla recebeu à entrada da área, atrasou para David Simão e foi mais à frente receber o excelente passe do médio português, por alto, para finalizar perante Nakamura. O lance foi rápido e contrastou com a demora na validação da igualdade pelo VAR, feita ao fim de três minutos.

Os minutos finais, incluindo os oito de compensação, foram abertos, o Portimonense até teve duas raras chegadas à área de Arruabarrena, mas foi o Arouca a ficar perto da reviravolta. Guga tirou em cima da linha e Trezza rematou por cima.

Os algarvios tiveram cedo o gás Hélio para a vantagem, mas foi o Arouca a ter globalmente mais gás e acabou, por fim, a evitar a derrota, mantendo-se sem perder na I Liga. Chega aos cinco pontos, o Portimonense soma o primeiro.