Diogo Jota chegou nesta segunda-feira a acordo com o Atlético de Madrid e deverá representar o clube espanhol nas próximas cinco temporadas. O presidente da SDUQ do Paços de Ferreira, Rui Seabra, ainda não dá o negócio como oficialmente concluído porque falta a necessária documentação. De qualquer forma, explica ao Maisfutebol o que falhou no anunciado namoro entre o jogador e o Benfica.

Rui Seabra já tinha admitido que existia uma plataforma de entendimento entre o Paços e o Benfica, faltando o acordo entre os encarnados e o jogador. Algo que nunca aconteceu.

«Quando dois clubes chegam a um entendimento, ou pré-acordo como lhe chamei, cabe depois ao clube falar com o jogador e o seu empresário para se entenderem. A verdade é que isso não aconteceu. O Paços não podia obrigar o jogador a assinar por este ou aquele clube», começou por dizer.

A 10 de janeiro, o dirigente confirmou o pré-acordo com o Benfica, garantindo que Diogo Jota ficaria na Mata Real até final da presente temporada. Entretanto, os encarnados contrataram Carlos Ponck ao Farense e emprestaram o médio ao Paços, no que foi entendido como uma contrapartida no negócio. 

Fábio Cardoso e Pelé estão igualmente na Capital do Móvel por empréstimo do clube da Luz.

«Antes de mais, a vinda do Carlos Ponck não esteve diretamente relacionada com isto. E agora, espero que esta situação não belisque as relações entre os clubes, porque o Paços fez a sua parte».

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O presidente da SQUD do Paços de Ferreira lembra até a proposta que chegou nos últimos dias do mercado de transferências. Curiosamente, seria precisamente do Atlético de Madrid.

«Olhe, houve um interesse muito grande de um clube em janeiro, uma proposta com números muito interessantse, e eu não deixei o Jota sair precisamente para respeitar esse entendimento com o Benfica e cumprir a promessa de não deixar o jogador sair até final da época. Sei que a partir desse momento as conversas evoluíram mas as partes acabaram por não chegar a acordo, pelos vistos».

A proposta foi do Atlético de Madrid? «Fiquei com essa ideia, julgo que sim, mas não cheguei a ter a proposta escrita à minha frente, portanto não posso confirmar o nome do clube.»

Entretanto, Diogo Jota avaliou as propostas que foram chegando e optou, juntamente com o seu empresário Jorge Mendes, pelo emblema colchonero. Para trás ficava esse namoro com o Benfica.

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«A plataforma de entendimento existiu, como disse, mas depois surgem outros interesses, o tempo passou, e se o jogador preferiu outro clube, terá de ser ele a explicar porquê», insiste Rui Seabra, confirmando que pretende canalizar o valor da transferência para a melhoria das infraestruturas do Paços: «Temos essa intenção de aproveitar o valor da transferência para melhorar as infraestruturas da formação, do futebol profissional e concluir as obras no estádio.»

Diogo Jota tem 19 anos, nasceu no Porto, foi formado no Gondomar e chegou ao Paços de Ferreira para representar os juniores.

O jovem internacional português marcou 11 golos em 28 jogos realizados na presente temporada.