A crosta caiu. Após duas derrotas consecutivas, o Sporting regressou aos triunfos, diante do Estoril, e para sarar as feridas começou por pegar na única memória positiva que guardava da queda em Vila do Conde.

Essa foi a melhor forma de reagir à derrota com o Rio Ave (mais do que o desaire em Madrid, obviamente): se o único golo apontado ao Rio Ave tinha nascido de uma assistência de Gelson para Bas Dost, foi daí que se partiu.

E se no passado domingo a equipa leonina foi para o intervalo com três golos de desvantagem, desta vez chegou a meio a vencer por um a zero, e sem qualquer sobressalto, tal o controlo que cedo assumiu.

O Estoril até protagonizou o primeiro lance de perigo do encontro, mas insistiu em «amarras» já vistas em tempos recentes frente aos «grandes». A equipa de Fabiano Soares procurou fechar bem a zona central, mas deixou vias abertas na alas, à mercê dos regressados João Pereira e Jefferson.

Com Mattheus mais recuado, no apoio a Afonso Taira e Diogo Amado, o Estoril não só falhou a ligação ao esforçado Paulo Henrique, como ainda permitiu que William Carvalho jogasse «de cadeirinha», a virar o centro do jogo sempre que necessário, com o Sporting a encontrar desequilíbrios pelas alas.

Com segurança e eficácia, a formação leonina conseguiu sentenciar o jogo numa fase ainda inicial da segunda parte, com alguma naturalidade. Primeiro de bola parada, com Coates a saltar mais alto do que Moreira na sequência de um canto e a marcar de cabeça (59m); e depois com William Carvalho a aproveitar a tal liberdade para assistir o «bis» de Bas Dost (62m).

O Princípe William de Alvalade (ou Sir, como preferirem) até ficou a dever um golo a si mesmo, ao minuto 78, depois de uma arrancada que acabou com um remate torto na área, após combinação com Gelson.

A entrada de Bruno Gomes dinamizou o ataque do Estoril, que ainda conseguiu dois golos em Alvalade (85 e 90m), aproveitando uma transição rápida e um lance de bola parada, mas pelo meio o Sporting chegou ao quarto golo, pelo estreante André (90m), pelo que a vitória leonina nunca chegou a ser verdadeiramente ameaçada.