Ricardo Sá Pinto, treinador do Belenenses, depois da vitória sobre o União Madeira (1-0), no Estádio do Restelo, no jogo que fechou a 8ª jornada da Liga. Tiago Caeiro marcou o golo solitário no último minuto do jogo.
 
[Vitória saborosa?]
- Todas as vitórias têm um sabor extraordinário, o mais difícil no futebol, como dizia um amigo meu, é ganhar, não interessa se é com um golo no primeiro ou no último minuto. Estamos muito satisfeitos por ter conseguido este objetivo, é verdade que já nos faltou sorte noutros jogos, mas hoje fomos a equipa que mais mereceu ganhar. Não quero tirar mérito ao União, foi um jogo muito competitivo, mas tivemos as melhores oportunidades, tivemos mais posse de bola, mandámos mais tempo no jogo e acreditámos. Os jogadores acreditaram que podiam ganhar o jogo e penso que o resultado é justo.
 
[A equipa acusou cansaço com o terreno pesado]
- A chuva foi igual para os dois, mas tivemos um grande desgaste da grande e histórica vitória em Basileia. Ganhámos a um adversário de grande valor e é normal que esse desgaste físico e emocional, com um terreno pesado, viesse ao de cima. O União, com um orçamento que é o dobro do nosso, tem uma boa equipa, tem um guarda-redes que, apesar de ter apenas 19 anos, é uma das promessas do futebol português. Os jogadores souberam viver com essa condicionante. Preferi não mexer na equipa, eles estavam bem, estavam hipermotivados e correu bem.
 
[Lesão de Gonçalo Brandão]
- Vamos avaliar, tem queixas, mas vamos ter de esperar 48 horas para ver se é grave. Deus queira que não tenha nada.
 
[Kuca foi herói em Basileia e hoje chegou a ser assobiado]
- Não é fácil gerir os estados de espírito, mas todos têm de perceber o esforço que os jogadores têm feito. O Kuca, antes de começar a jogar, esteve muito tempo parado. Todos voltaram a fazer um bom jogo, mas tivemos um adversário que estrategicamente bloqueou o nosso jogo. Tínhamos de ter uma preocupação na saída de bola, alternar o jogo curto com o jogo longo, mas isso eles souberam gerir.