A FIGURA: João Neves

Empurrou, juntamente com Florentino, o Chaves para as imediações da grande-área de Hugo Souza. Mostrou a entrega do costume, correu que se fartou e ganhou um número incontável de duelos. Os golos que marca costumam ser importantíssimos para o Benfica e nesta sexta-feira o golo até pode ter valido mais do que a vitória.

O MOMENTO: golo de João Neves. MINUTO 68

Dois penáltis falhados – um deles até com direito a uma segunda oportunidade – tinham ficado para trás e na Luz os nervos estavam à flor da pele quando, de um livre de Di María, João Neves desviou com sucesso de cabeça para o 1-0.

OUTROS DESTAQUES

Florentino: terminou a primeira parte com três remates (quase marcou de cabeça), o que é sempre notícia quase se trata do 61 do Benfica. Foi a melhor unidade das águias nos 45 minutos iniciais e um dos principais responsáveis pelo facto de os encarnados terem estado permanentemente no meio-campo ofensivo, com boas recuperações em zona altas do terreno.

Di María: do alto do quarto anel da Luz percebia-se que não estava nas melhores condições. Era notório pela incapacidade para acelerar com bola e para acompanhar as desmarcações dos adversários quando lhe era solicitada essa tarefa. Bateu de forma desastrosa um penálti e sofreu outro. Mesmo numa noite má e em claro défice físico, mostrou, com vários exemplos, que qualquer cruzamento dele pode ser sinónimo de perigo. E teria de ser dele o que João Neves desviou para o fundo da baliza.

Dário Essugo: livre para jogar na Luz após recurso deferido da suspensão de 30 dias, o médio cedido pelo Sporting exibiu-se a um nível muito interessante. Bem posicionado, intenso e sempre em cima do erro do adversário mais próximo.

Hugo Souza: assustou aqui e ali com a bola nos pés, mas que noite do guarda-redes brasileiro que em tempos chegou a ser dado como praticamente certo no Benfica! Poder dizer um dia aos netos que terá sido um dos poucos guarda-redes do Mundo que travaram um penálti de Ángel Di María já seria suficientemente interessante, mas Hugo Souza fez muito mais do que isso. Defendeu também um penálti de Arthur Cabral e voltou a levar a melhor sobre o compatriota depois de o árbitro Hélder Malheiro ter ordenado a repetição do castigo máximo. O Desportivo de Chaves regressou a Trás-os-Montes de mãos a abanar, mas Hugo com uma bela história para recordar por muitos e muitos anos.