Bruno Varela, guarda-redes do Vitória de Setúbal, em declarações na zona mista, após o empate 1-1 com o Benfica. O guardião estreou-se frente ao clube que o formou, na Luz, depois de ter estado a defender a baliza de Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Varela foi mesmo a figura de destaque nesta noite:

«É um sentimento, acima de tudo, de muita emoção. Fiquei feliz por voltar à casa em que me formei e ao meu clube do coração. Nunca escondi que o era. Fizemos um bom jogo, sabíamos que tínhamos de lutar com armas diferentes. Podíamos ter aproveitado mais, mas é complicado com o esforço que o Benfica faz no final. Estou satisfeito com a exibição individual e coletiva.»

«A titularidade depois de estar nos Jogos Olímpicos? Respeito os outros dois guarda-redes, o Pedro Trigueira e o Lucas [Raeder]. Cheguei da seleção e o mister assim decidiu. Falou connosco, não para se justificar, porque ele não precisa de dar justificações, mas porque sentiu-se no direito de o fazer. O Trigueira jogou bem na primeira jornada. Não é fácil jogar, bem, e depois sair da equipa no jogo seguinte. Estamos os três preparados.»

Sobre a conversa com Júlio César, guarda-redes do Benfica, após o apito final:

«Disse-lhe que foi um prazer enorme jogar contra ele. Já tinha treinado, conforme afirmei antes. Para mim, é um guarda-redes mítico.»

Se devia ter tido mais oportunidades quando estava no Benfica:

«Oportunidades queremos sempre. Se calhar, houve uma altura em que sim [que achava que merecia]. Mas não crucifixo treinador nenhum, nem ninguém. Tenho de agradecer ao Vitória por apostar em mim e por me ter permitido estrear na Liga neste estádio.»

Acerca do facto de o treinador do Vitória, José Couceiro, ter dito que o jogo parecia já estar ganho para o Benfica antes de ser disputado:

«Nem nós, nem o Benfica, mas muitas pessoas não davam tanta importância ao jogo. Nós tentámos complicar ao máximo, o Benfica tem mais qualidade, mas conseguimos sair daqui com um ponto.»