Jorge Jesus desvaloriza a juventude e menor experiência da defesa do Sporting para o dérbi do próximo domingo. O treinador do Benfica considera que há um equilíbrio entre os dois planteis e que a grande vantagem do Benfica na visita a Alvalade é a diferença pontual. «Aconteça o que acontecer, o Benfica vai continuar em primeiro», atirou.

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O Sporting deverá jogar com Paulo Oliveira (23 anos) e Tobias Figueiredo (21 anos) no eixo defensivo. «A experiência dos jogadores baseia-se no conhecimento do jogo e não na idade. É verdade que os jovens, normalmente, têm menos conhecimento do jogo e isso faz a diferença. Mas há jovens com muito conhecimento e nesse caso não se nota a idade. Acho que são jogadores com qualidade, mas isso é um problema do Sporting, não é meu. Não vamos mudar a nossa ideia de jogo por esse pormenor. Se os adversário não tiver capacidade para nos parar, é um problema deles, não é nosso», comentou.

Jorge Jesus considera, no entanto, que, no que diz respeito à experiência, até há algum equilíbrio uma vez que no Benfica também há jogadores nunca jogaram dérbis. «Pode ser decisivo, mas se analisarmos as duas equipas, há muito equilíbrio. Há muita juventude nas duas equipas, há jogadores dos dois lados que nunca jogaram o dérbi, como o Samaris. Penso que está ela por ela, não é por aí que nem um nem outro possam ter desculpas», acrescentou.

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A maior diferença entre as duas equipas, no entender de Jesus, é a que revela a classificação: sete pontos. «Quem é que não queria estar na posição do Benfica? Líder do Campeonato à 20.ª jornada com seis pontos de avanço sobre o segundo classificado. Mais confiança do que isto só se tivesse nove, dez ou onze pontos. Que mais sinais de confiança precisa? Mas há sempre um mais, mas esse é um factor que nos dá imensa confiança e, aconteça o que acontecer, vamos ficar sempre em primeiro», atirou.

A verdade é que o jogo será mais decisivo para o Sporting que, em caso de derrota, pode voltar a ficar a dez pontos do líder. «Fica mais difícil pela diferença pontual. Fica com os dois rivais, partindo do princípio que o FC Porto também ganha. Se fosse só um, era mais fácil, mas o jogo nem começou, portanto tudo está em aberto», destacou.

No mesmo sentido, mas numa linguagem virada para o ciclismo. «O Benfica ainda vai ter mais duas ou três etapas rainhas até ao final. Vai a equipa toda de amarelo, mas queremos chegar na frente. Se vencermos esta etapa ficamos melhor», referiu ainda.