Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa a vitória caseira sobre o Nacional (3-1), na 27ª jornada da Liga:
 
«O Benfica fez 70 minutos de grande qualidade. Até esse momento estava a vencer 3-0 mas podiam ser quatro ou cinco. Mostrámos qualidade técnica individual, mas também a qualidade tática da equipa. Apresentámos qualidade de jogo para satisfazer os 50 mil adeptos. Fizemos mais um excelente jogo, como frente ao Estoril e ao Braga, com uma dinâmica ofensiva muito forte. Nenhuma equipa consegue fazer isso durante 90 minutos. Quando não estamos ben precisamos que os adeptos ajudem na mesma. Não é só quando estamos a ganhar e a jogar bem. O Tiago marcou um grande golo, e nessa altura estávamos com dificuldades no corredor central. Houve três situações das quais não gostei: a lesão do Talisca, o do golo sofrido e o amarelo ao Rúben.»
 
«Eu tinha dito que iamos ser apertados numa ou noutra situação. O Nacional tem uma qualidade ofensiva, com o Lucas João, que podia criar alguns problemas. Criou menos do que esperava, aconteceu mais nos últimos quinze minutos, num ou noutro lance, o que é normal. O Benfica não joga sozinho. Eu gostava de ter a bola no meio-campo, o adversário não passar do meio-campo durante 90 minutos, que não fizessem um remate. Mas do gostar ao ser vai uma grande diferença. Durante 70 minutos não deixámos o Nacional chegar à nossa zona defensiva. O Samaris e o Pizzi começaram a ter algumas dificuldades para recuperar posição. Começámos a ter dificuldades na zona do Licha [Lisandro] e do Jardel. Por isso mexi no corredor central.»
 
«Ganhámos só mais três pontos. Faltam sete finais. Temos de ser todos juntos, como até aqui. Com os adeptos, com aquela onda vermelha que nos ajudou a ultrapassar muitas dificuldades nos jogos. Tem de ser até ao fim, a ganhar, a perder ou a empatar.»