Um dia depois de ter herdado o estatuto de jogador mais caro da história do Benfica (e do futebol português, de resto), Raúl Jiménez falou à comunicação social em St. George's Park, onde as «águias» estão a estagiar, e retirou peso aos números.

«Mais do que uma responsabilidade, é uma motivação. É algo que me motiva, que me dá alento para continuar a evoluir e para ser o melhor possível em campo, de forma a ajudar a equipa e fazer valer isso», respondeu o internacional mexicano, que custou 22 milhões de euros ao Benfica.

Há um ano a SAD liderada por Luís Filipe Vieira tinha garantido o avançado através da compra de metade do passe, por mais de nove milhões de euros. Nesta quinta-feira as «águias» confirmaram a compra da outra metade, por 12 milhões de euros.

Raúl Jiménez passa assim a carregar o estatuto de contratação mais cara da história do futebol português, e espera que este seja o ano de afirmação. «Espero que sim, mas tenho de o demonstrar em campo. Se não o demonstrar não serve de nada dizê-lo. As palavras leva-as o vento», respondeu.

Embora «tapado» por Jonas e Mitroglou na época passada, Jiménez realizou 45 jogos e apontou 12 golos, muito deles decisivos. «Tive essa felicidade de marcar golos em momentos importantes. Espero que este ano a tónica seja a mesma. Espero ter mais minutos, mas depende do mister. Vou entregar-me nos treinos para isso», afirmou.

O mexicano prometeu lutar por um lugar no onze, e garantiu também que «ninguém baixa os braços», até por estarem dois lugares em aberto na frente.

Raúl Jiménez falou ainda dos Jogos Olímpicos, prova para a qual o Benfica não o libertou, pese embora os pedidos do próprio, até na televisão mexicana: «Ficaria encantado se fosse. Seria muito bonito, mas por algum motivo acontecem as coisas. Estou aqui, contente por iniciar os trabalhos, para chegar ao início da epoca na melhor condição.»