A temporada 2014/15 trouxe a afirmação de Pizzi no Benfica, mas o percurso, que ainda vai a meio, foi tudo menos fácil até aqui. Quando era jogador do Sp. Braga esteve emprestado ao Ribeirão, Sp. Covilhã e Paços de Ferreira. Depois foi contratado pelo Atlético de Madrid, que o cedeu ao Corunha. Em 2013 tornou-se jogador do Benfica, mas só conquistou o seu espaço na Luz depois de um ano a «rodar» no Espanhol.
 
Pizzi é, por isso, um especialista em empréstimos, com uma opinião muito própria sobre o tema. «Os empréstimos por vezes acabam por ser bons para os jogadores, para cresceres e estares noutros clubes, aprender novas coisas em realidades diferentes. Acaba por ser bom, mas em certa medida, sem exageros. Acabou por ser bom para mim, cresci como jogador, mas em excesso acaba por ser prejudicial», defendeu o médio do Benfica, num evento de promoção das novas chuteiras da Adidas, ACE e X5.
 
A afirmação de Pizzi no Benfica surge também no contexto da mudança para a posição «8». «Ao início foi um bocado complicado. Não estava habituado às tarefas defensivas, a ajudar a equilibrar. Estava mais habituado a desequilibrar e foi um bocado complicado ao início, mas felizmente tive a ajuda de todos. Acabei a temporada a um bom nível. Sei que ainda tenho muito a melhorar, mas foi uma temporada positiva para mim, não só pela troca de posição como pelos títulos conquistados», resumiu.
 
O jogador admitiu, de resto, ter «ficado um pouco surpreendido» com a rapidez na adaptação. «Mas sempre acreditei nas minhas capacidades, e sabia que mais cedo ou mais tarde podia jogar a um bom nível naquela posição. Demorou o seu tempo, mas as coisas correram bem e agora quero continuar», acrescentou.
 
Terminada a época no Benfica, Pizzi juntou-se agora à Seleção Nacional, para os jogos com Arménia e Itália. «O meu grande objetivo é fixar-me de vez. Sei que tenho grandes jogadores, sobretudo na minha posição, e todos querem o mesmo, que é continuar na Seleção. Sei que vai ser difícil, tenho de trabalhar bastante, mas se as coisas continuarem a correr assim tão bem no meu clube sei que vou ter mais oportunidades, e espero corresponder às expectativas.»
 
Após os compromissos da Seleção seguem-se as férias, que serão aproveitadas para matar saudades de Trás-os-Montes. «Tenho muito orgulho no sítio onde nasci. São pessoas bastante humildes. É o interior de Portugal, onde costuma dizer-se que não há muita coisa», começou por dizer.
 
«Sempre que posso, sejam dias livres ou férias, tento estar com a família e também com o meu grupo de amigos de Bragança», revelou Pizzi, que falou também da continência que faz para a bancada quando marca um golo.
 
«Fora os meus amigos que me pediram para festejar assim. Não só para os homenagear a eles, mas também a todas as pessoas de Bragança», explicou.