Figura: Matheus Nunes

O internacional português teve o mérito de agarrar a equipa ao jogo. Fortíssimo na condução, o médio pecou na hora de soltar a bola. Compensou com várias recuperações de bola tanto em zonas adiantadas como em terrenos mais recuados e surgiu na área para desbloquear o jogo a favor do Sporting. Marcou pela quarta vez esta época e apontou o caminho para o regresso aos triunfos. 


Momento: infelicidade de Abascal, minuto 58

Dois minutos depois de o Boavista ter ficado perto do empate, o Sporting chegou ao 2-0. Uma jogada bem desenhada que teve um final feliz. Marcus Edwards cruzou com o pé direito, a bola desviou em Abascal e ganhou um efeito estranho. Sobrevoou Bracali, bateu no poste mais distante e entrou na baliza axadrezada.


Outros destaques:

Pedro Gonçalves: o internacional português está longe da melhor forma. Porém, Pote teve uma contribuição importante na vitória do Sporting no Bessa. Depois de ter desperdiçado a primeira situação de golo, o avançado soltou o génio e assistiu Matheus Nunes para 1-0. Está ainda ligado ao lance do 2-0. A qualidade está lá, mas precisa de ritmo competitivo.

Gorré: a par de Bracali, foi o melhor jogador do Boavista. O internacional por Curaçau exibiu-se em grande nível na primeira parte – que o diga Esgaio. O extremo teve o condão de ganhar metros e esticar a equipa no terreno. Não teve nenhuma finalização digna de registo, mas foi dos seus pés que saiu uma das duas melhores situações de golo que Makouta desperdiçou. 

Bracali: bela exibição do guarda-redes do Boavista. Quem diria que está a poucos dias de celebrar o 41.º aniversário. Bracali emendou o único erro que cometeu em todo o encontro perante Pedro Gonçalves. Isento de culpas no primeiro e terceiro golos, o brasileiro foi traído pelo efeito da bola no autogolo de Abascal. Acumulou intervenções de qualidade e não merecia ter encaixado três golos.

Abascal e Porozo: se o equatoriano cometeu uma falha grave no lance que permitiu ao Sporting abrir o marcador, o que dizer do argentino? É verdade que não se pode apontar o dedo a Abascal pelo autogolo, mas o penálti sobre Tabata era perfeitamente escusado. 

Tabata: o brasileiro aproveitou os 20 minutos em que esteve em campo. Tabata assistiu Palhinha para um cabeceamento à trave e conquistou um penálti que o próprio concretizou em golo. Chegou ao segundo golo em 337 minutos de utilização na Liga.