Ibrahim Koneh foi considerado clinicamente apto para a prática desportiva, sabe o Maisfutebol.

Recorde-se que o jogador camaronês de 23 anos foi contratado pelo Boavista ao Lusitânia Lourosa no início desta época, integrou os trabalhos de pré-época dos axadrezados tendo até deixado boas indicações, mas foi surpreendido com a cessação de contrato no dia 1 de agosto.

Na altura, o Boavista anunciou apenas ter rescindido de forma amigável com jogador sem revelar as razões, mas foi noticiada a existência de problemas cardíacos do jogador, situação que foi inclusivamente comunicada ao Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol, conforme apurou o nosso jornal.

A mesma informação foi dada ao atleta e ao seu representante, ainda que a informação oficial passada pelo clube boavisteiro tenha sido a de que iria ser ativada a cláusula que permite a rescisão de contrato durante o período experimental, tendo os axadrezados manifestado «absoluta disponibilidade» para o que o atleta viesse a solicitar.

Agora, realizados todos os exames complementares, o relatório médico ao qual o Maisfutebol teve acesso e que foi realizado por um dos cardiologistas mais conceituados do país, garante que «o atleta poderá fazer desporto de competição, devendo no futuro reportar sintomas e ter consulta de cardiologista com experiência em medicina desportiva».

Isto porque, percebe-se no mesmo documento, havia suspeita da existência de uma miocardiopatia hipertrófica - a principal causa de morte súbita em jovens -, mas após quatro semanas de destreino, foi possível concluir não se tratar de doença, mas do que habitualmente se define como «síndrome do coração de atleta».

O Maisfutebol tentou obter uma reação do Boavista que, porém, não se quis pronunciar sobre o caso, garantindo não ter conhecimento do referido relatório médico. «Não tratamos questões relacionadas com a saúde de jogadores de forma pública», declarou fonte do clube.

Agora, com este desenvolvimento, a reintegração de Ibrahim Koneh no plantel do Boavista é uma possibilidade, até porque esse parece ser um desejo expresso do treinador Jorge Simão.