Declarações do treinador do Boavista, Jorge Simão, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a derrota caseira por 2-1 ante o Desp. Chaves:

[Cinco jogos, quatro pontos:] «É preocupante quando perdemos jogos. A minha função é viver constantemente em análise do que vai acontecendo com a equipa, com os desempenhos e com os resultados. Agora, para além dos pontos, há que falar no que se faz para conquistar pontos. Para mim, é uma exibição de luxo, de gala. E um resultado de lixo. Exibição de luxo e resultado de lixo. Já fiz este exercício para me tentar recordar de um jogo enquanto treinador do Boavista em que evidenciasse tanta superioridade sobre um adversário. E acho que este foi o jogo no qual manifestámos maior superioridade sobre o adversário.»

[Medo dos jogadores errarem no futuro:] «Essa é na verdade a minha preocupação! Porque a frustração deste resultado é muito grande. Mas por outro lado já ganhei jogos em que me senti muito pior do que me estou a sentir. E meu trabalho vai ser reforçar obsessivamente a confiança destes jogadores. A minha convicção é que este é o melhor caminho para somar pontos.»

Boavista-Desp. Chaves, 1-2 (crónica)

[Eficácia:] «Temos vindo a marcar golos. Diria que a eficácia ofensiva dos adversários tem sido superior à nossa. Fizemos 21 remates, 11 dentro da grande área, contra cinco, um penálti e um autogolo. Um lance infeliz do guarda-redes, bate no poste e entra. Um penálti que caiu do céu e um remate, dentro dos poucos que fizeram, que lhes dá o 2-0. Tremendamente penalizador.»

«Enquanto treinador, podia ter dois caminhos: ou alterava radicalmente o que temos vindo a fazer ou reforço positivamente. E não é por não termos somado pontos. É pelos sinais da equipa. Tenho a certeza que este é o caminho.»

[Mudança na defesa, Sparagna em vez de Raphael Silva:] «Todas as mudanças são feitas perspetivando melhor desempenho da equipa. O Stephane [Sparagna] tem vindo a trabalhar connosco há um ano. Está mais rotinado, melhor preparado para aquilo que são as nossas dinâmicas da linha de quatro. O Raphael Silva, com a qualidade que tem, é um jogador que acaba de chegar do Brasil, tal como o Neris. E estiveram sempre no Brasil, com diferentes treinadores, com um estilo diferente. Ponderei e pensei que ele [Sparagna] está muito melhor preparado para dar o contributo à equipa.»