A figura: Brahimi

Foi o primeiro e o maior agitador do jogo. Colado ao flanco esquerdo, desde cedo começou a mostrar que esta seria uma daquelas em que veste o fato de mago, pega na bola e faz dela o que quer, ao serviço da equipa. Depois de um primeiro lance em que Jubal se antecipa aos avançados portistas, após bom trabalho do argelino, aos 15' colocou a bola na cabeça de Danilo, pedindo-lhe que confirmasse a abertura do marcador. Pouco depois, lançou Soares, com um passe a rasgar a defesa arouquense ao meio, mas o brasileiro rematou ao poste. Na segunda parte repetiu a graça, mas o companheiro voltou a falhar, “roubando-lhe” duas assistências na partida. Quem não enjeitou o toque da varinha mágica do argelino foi Jota que, acabado de entrar, em esforço, marcou o terceiro golo portista.

O momento: Danilo indica o caminho da tranquilidade (15)

O FC Porto entrara forte e já ameaçara inaugurar o marcador antes, razão pela qual ninguém estranhou que o golo chegasse ainda no primeiro quarto de hora. Danilo subiu mais alto do que toda a defesa arouquense e cabeceou cruzado, não dando hipótese de defesa a Bracali. Estava aberto o caminho para um voo tranquilo do dragão na serra da Freita.

Outros destaques

Danilo

Na subida à serra da Freita, foi ele quem tranquilizou a equipa para a escalada – bem mais dura, prevê-se – aos Alpes, onde o FC Porto vai defrontar a Juventus. Com o golo que marcou aos aos 15', o médio internacional português fez o que se previa ser mais complicado: o primeiro golo. Com a materialização da boa entrada que os portistas tinham tido, a equipa soltou-se para uma exibição sem sobressaltos. Com pouco trabalho defensivo, apareceu muitas vezes junto à área arouquense no apoio ao ataque.

Soares

Tudo corre bem ao avançado brasileiro, que pode tardar, mas não falha, trazendo sempre associado a si o «fator golo». Ao sexto jogo com a camisola do FC Porto no campeonato, marcou mais duas vezes e chegou aos nove na Liga. Depois de ter acertado no poste num lance em que estava isolado perante Bracali, à segunda oportunidade o avançado brasileiro marcou mesmo, num lance em que nem acerta o cabeceamento, mas vê a bola que lhe batera no ombro entrar na baliza adversária. Aos 75', voltou a não ser feliz na finalização, após mais um passe de Brahimi que o deixou na cara do guarda-redes arouquense, mas em que o arco que colocou na bola saiu demasiado largo. Já na reta final, redimiu-se e voltou a marcar, encostando fácil um cruzamento de Maxi.

Oliver

Num setor que se exibiu sempre muito compacto, Oliver destacou-se na qualidade que imprimiu em cada jogada em que interveio. Acrescenta uma qualidade de posse inegável e voltou a exibir-se a grande nível, esta noite.

Jota

Vinte minutos em campo bastaram para o extremo apontar o seu nome na ficha de jogo, marcando – com alguma sorte à mistura, parece – o sétimo golo na Liga. Apesar de ter perdido espaço com a chegada de Soares, o jogador emprestado pelo At. Madrid continua a mostrar que a equipa pode contar com ele sempre que é chamado a jogo.

Bracali

Totalista em jogos da Liga até à 17.ª jornada, o guardião brasileiro não jogava desde a receção ao Estoril, a 13 de janeiro. Primeiro afastado devido a lesão e tendo perdido o lugar depois da chegada de Bolat, o experiente guarda-redes regressou à titularidade diante do FC Porto, aproveitando a impossibilidade de o turco jogar frente à equipa de origem. Com pouco a fazer nos golos sofridos, acabou por ter uma noite com menos trabalho do que o resultado faz supor.

André Santos

O médio que chegou esta época a Arouca envergou abraçadeira de capitão pela primeira e embalou para uma exibição positiva. Apesar de Oliver e André André lhe terem dado muito trabalho, o camisola 26 cotou-se como um dos melhores da equipa de Manuel Machado. Tentou sair a jogar desde trás e cortou alguns lances perigosos do dragão.