A possibilidade de o Sporting alegar justa causa para despedir Marco Silva é real, mas só se falharem todas as anteriores alternativas.
Segundo apurou o
Maisfutebol, e
conforme tínhamos escrito na véspera, a bola está, nesta altura, do lado do treinador, depois da reunião de segunda-feira onde a corda esticou mais do que nunca.
Bruno de Carvalho fez um ultimato ao técnico exigindo que mudasse parte da sua forma de estar no clube, nomeadamente a defesa constante dos jogadores por contraposição à direção. O presidente leonino quer um treinador mais solidário com a estrutura diretiva.
Não se pode, portanto, dar a saída de Marco Silva como um dado adquirido embora seja bastante improvável que o técnico aceda às exigências do presidente e, ao mesmo tempo, que Bruno de Carvalho volte atrás.
Assim, a primeira opção, aquela que o Sporting pretende, é a rescisão amigável. Problema? Marco Silva não aceita.
Nesse caso – e só aí – o clube admite avançar para a rescisão com justa causa. Segundo apurámos, o Sporting poderá alegar quebra de confiança no técnico para avançar com uma nota de culpa que dê origem ao processo.
Para justificar a quebra de confiança, o Sporting irá expor uma série de episódios em que, diz, a atitude do treinador não caiu bem na direção leonina.
Durante a pré-temporada, por exemplo, e numa altura em que a saída de Marcos Rojo começava a ser falada com insistência, o empresário do jogador, Carlos Gonçalves (o mesmo de Marco Silva), terá pedido, alega o clube, em conjunto com a Doyen, a Bruno de Carvalho para que o argentino não defrontasse o Nacional de Montevideu, no segundo jogo do Troféu Teresa Herrera (tinha sido titular frente ao Sp. Gijón). O presidente não aceitou o pedido, mas Rojo não jogou por opção de Marco Silva.
Outro episódio envolveu novamente Rojo, que teve, durante a mesma fase, uma altercação grave à porta do balneário com Bruno de Carvalho. Na resolução do processo, Marco Silva foi chamado a falar, mas garante o Sporting que o treinador alegou não ter visto nada.
Situações como as descritas fundamentam a deterioração da relação entre Bruno de Carvalho e Marco Silva e podem, agora, servir de base para a justa causa que, insiste-se, só será acionada em caso extremo.
Artigo atualizado: hora original 12h51
Sporting
24 dez 2014, 14:51
Sporting pode alegar quebra de confiança em Marco Silva
Cenário de rescisão por justa causa equacionado, mas só em último caso
Cenário de rescisão por justa causa equacionado, mas só em último caso
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