15ª vitória em igual número de jogos em casa com o Portimonense, para o principal escalão. A tradição ainda é o que era, mas este Sporting não acredita no pai natal. Já não vai em contos com barbas, está mais adulto.

O triunfo frente ao Portimonense foi mais uma demonstração do pragmatismo que Jorge Jesus já reconheceu (e enalteceu). E nem é no sentido de arriscar menos ou precisar de menos remates para marcar, mas sobretudo pela maturidade com que gere a maioria dos encontros.

Para essa gestão muito contribuiu também o golo madrugador. Depois de ter desperdiçado um passe fantástico de Bruno Fernandes, atirando para defesa de Ricardo Ferreira (6m), Podence redimiu-se com uma notável assistência para o golo do médio ex-Sampdoria (9m).

Pelo meio o Portimonense ainda assustou, mas Paulinho rematou mal depois de ter sentado Coates (7m). A melhor ocasião da formação algarvia surgiu ao minuto 35, com Nakajima a «picar» a bola na cara de Rui Patrício, mas a falhar o alvo por pouco.

A equipa de Vítor Oliveira não voltaria a criar perigo, até porque logo na segunda parte perdeu Hackman por acumulação de amarelos (55m).

O Sporting podia ter aumentado a vantagem ainda na primeira parte, nomeadamente num lance em que Bas Dost surge solto na área e consegue bater Ricardo Ferreira, mas vê o central Lucas Possignolo cortar o lance perto da linha de baliza (45m).

O Portimonense ainda esboçou algum atrevimento no arranque da etapa complementar, com um remate de Fabrício que não passou longo do poste (51m), mas o Sporting aproveitou a inferioridade numérica para sentenciar o jogo com o inevitável golo de Bas Dost (60m).

A assistência foi de Gelson, que ainda teve duas ocasiões para marcar depois, mas o 2-0 manteve-se até final. Com o Sporting fiel às tradições, mas também à maturidade de quem prefere pensar a longo prazo.