A figura: Caio Secco

Não está isento de culpas no primeiro golo do Sporting, mas é justo dizer que até então apresentou-se a um nível altíssimo, a negar festejos leoninos com seis ou sete defesas. Começou logo aos nove minutos, com dupla intervenção a remates de Mathieu e Bruno César. Ao minuto 14 evitou o golo de Doumbia, que o tentou contornar, e logo a seguir voou para travar um remate em arco de Bryan Ruiz. Nota ainda para uma defesa com o ombro perante Montero (31m), ou ainda a um livre direto de Mathieu (42m). A lista já vem tão longa que nem vale a pena detalhar duas ou três intervenções na segunda parte.

O momento: minuto 78

Canto de Bruno Fernandes na direita, Caio soca mal a bola e esta ressalta em Coates e sobra para William, que atira para a baliza. O Sporting chegava finalmente à vantagem, depois de ter criado inúmeras ocasiões de perigo sem direito a festa (para além do tento anulado a Doumbia após recurso ao VAR).

Outros destaques:

Montero

Acabou por chegar ao golo perto do fim, o primeiro neste regresso ao Sporting, a premiar uma exibição muito sólida. Inclusive a servir os colegas, como no golo anulado a Doumbia ou um remate cruzado de William que saiu a centímetros do poste. Ao minuto 31 viu Caio negar-lhe o golo com o ombro, mas ao cair do pano teve o prémio merecido.

Doumbia

Na ausência de Bas Dost o avançado marfinense manteve a titularidade, mas uma vez mais ficou em branco. Ainda festejou, mas o lance foi anulado após indicação do VAR. Ficam na retina dois lances que podia ter definido bem melhor: aos 14, quando parecia já ter contornado Caio Secco mas acaba por permitir a defesa do guarda-redes; e aos 72, quando entra na área pela esquerda, em excelente posição para finalizar, mas atira torto.

Flávio

Bela exibição do central, com dois cortes importantes. Um primeiro de carrinho, perante Doumbia, e outro perante Montero, que Luís Ferreira até julgou ter sido com a mão, mas que na verdade foi com a cabeça, conforme indicação dada pelo VAR.

Rafael Leão

Depois da estreia na Taça de Portugal, e logo a marcar, foi lançado pela primeira vez na Liga, e voltou a deixar boas indicações. Felino, como o próprio nome indica, encarou a oportunidade de forma arrojada, ainda que o contexto do jogo não fosse fácil, dado o 0-0 que se verificava então.